
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
O futebolista Marco Soares considerou hoje, na homenagem que foi outorgada pelo Governo, com o segundo Grau da Medalha de Mérito Desportivo, que “não há nada melhor do que sentir o amor e paixão” do povo.
O capitão da seleção de Cabo Verde de futebol, que decidiu colocar o fim na sua carreira ao serviço da seleção, aos 38 anos, depois de 16 anos a vestir as cores dos Tubarões Azuis, apresentou-se rodeado de familiares, entre eles a mãe, a mulher e filhas, para além de amigos, tendo agradecido a Deus “por se sentir abençoado nesse momento”.
O capitão, que nasceu em Portugal e que só conheceu Cabo Verde aos 20 anos, explicou o porquê de ter optado pela seleção destas ilhas aos 20 anos, “contra todos os empresários e amigos”, quando já integrava a seleções portuguesas de formação, alegando que viveu sempre à cultura cabo-verdiana, “cachupa, funaná e crioulo”, como disse, desde a tenra idade em terras lusas.
Num discurso considerado “emotivo”, Marcos Soares que esteve em lágrimas, disse que foram 16 anos de “muita luta e conquistas”, sublinhando que quer passar este exemplo aos jovens que muitas vezes colocam a seleção cabo-verdiana em segundo plano, na expectativa natural de espreitar a oportunidade numa seleção europeia.
“Amor e paixão” foram as palavras que Marcos Soares mencionou para demonstrar o seu orgulho por Cabo Verde, neste momento em que o Governo da República reconheceu os seus feitos ao outorgar-lhe o segundo Grau da Medalha de Mérito Desportivo, em sinal de “dedicação, entrega e serviços prestados a favor do desporto nacional, que honram e orgulham a nação cabo-verdiana”.
Internacional cabo-verdiano que se define como “um grande líder”, Marco Soares conta um vasto currículo desportivo, no qual se destacam 441 jogos e 27 golos ao serviço dos clubes que representou até ao momento, e ainda, de forma especial, os 53 jogos e três golos ao serviço da Seleção Nacional de Cabo Verde, insígnia que representou em três fases finais da Taça Africana das Nações.
Para o Governo, “o que distingue este desportista de exceção é, para além do talento, a sua fibra, a capacidade de lutar, de trabalhar, e acima de tudo, de acreditar nele próprio e nas suas capacidades, tem, em suma, a coragem e a abnegação que são próprias dos vencedores, valores esses que devem ser passados às gerações vindouras”.
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