Ministro: O mundial de basquetebol representa um novo nível de exigência técnica, organizativa e financeira

O Governo admitiu hoje que a qualificação de Cabo Verde para o mundial de basquetebol, marcado para Setembro, representa um novo nível de exigência técnica, organizativa e mobilização de recursos financeiros à altura das imposições da prova.

O ministro adjunto do primeiro-ministro para a Juventude e Desporto, Carlos Monteiro, defendeu esta posição em entrevista exclusiva à Inforpress, tendo avançado que esta mobilização implica esforços do Governo e da própria Federação Cabo-verdiana de Basquetebol, bem como uma maior exigência de toda a sociedade cabo-verdiana.

“É de muita satisfação e orgulho, o momento altíssimo do desporto cabo-verdiano, como já tivemos a participação no mundial de andebol, como já foi a participação de Cabo Verde (três vezes) no CAN de futebol, que é preciso ter, também, um nível de excelência”, realçou, sustentando que esforços estão sendo envidados para uma participação condigna nesta montra mundial.

A este propósito, enfatizou a participação de todos os potenciais patrocinadores, designadamente, empresas públicas e privadas, no mundial que se realiza entre 25 de Agosto e 10 de Setembro no Japão, na Indonésia e nas Filipinas, salientando que, no âmbito deste novo nível de exigência, as partes devem aumentar o seu engajamento no financiamento do desporto cabo-verdiano.

O governante disse que, doravante, mais do que alocar recursos ou patrocinar uma rúbrica ou ter uma quantia destinada a uma federação ou a um atleta em nome individual, torna-se importante as partes trabalharem em conjunto, asseverando que desde a qualificação de Cabo Verde, o executivo tem estado a trabalhar com a federação no sentido de perspetivar o plano para o mundial”.

“Eles (a federação) vão ter de montar o plano técnico/logístico de preparação e, como é óbvio, o Governo será o parceiro principal na implementação e execução deste plano, porque ir ao mundial requer, também estar à altura a nível organizacional e isto vai exigir de todos nós o maior engajamento” referiu Monteiro convicto de que o executivo continuará, ainda por algum tempo, a ser o principal financiador do desporto no País.

Para além de financiar as diversas seleções nacionais e atletas das atividades individuais, garantiu, o Estado continuará a financiar as mais diversas federações através dos contratos-programa para competições internas, como de contribuir para a promoção do acesso ao desporto e da atividade física, reconhecido em todo o mundo como uma atividade fundamental.

Neste capítulo, mostrou-se esperançado na criação de uma nova Lei do Mecenato Desportivo, que se está a trabalhar conjuntamente com a câmaras de comércio, a classe empresarial, de forma a permitir alavancar o financiamento do desporto cabo-verdiano e torná-la mais atrativa, já que a existente é considerada pouco atrativa para os empresários.

A seleção de Cabo Verde de basquetebol qualificou-se a 26 de Fevereiro, pela primeira vez, para o mundial da modalidade, evento que vai contar com a participação de 32 seleções nacionais e acontecerá entre 25 de Agosto e 10 de Setembro no Japão, na Indonésia e nas Filipinas.

O País figura como um dos cinco países africanos a representar o continente no Mundial’2023, juntamente com Sudão do Sul, Costa do Marfim, Egipto e Angola.

Inforpress

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