
Segunda-feira, 4 de Dezembro, 2023
O Sindicatos dos professores e o Ministério da Educação vai reunir-se esta quarta-feira, 15, com a mediação da Direção-geral do Trabalho (DGT), com vista à suspensão do pré-aviso de greve dos professores agendada para 22 e 23 de Novembro.
A informação foi avançada à Inforpress pelo presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), João Cardoso, que adiantou que os sindicatos vão com espírito aberto para as negociações dos professores, certo que não abrirão mão de algumas reivindicações, nomeadamente o ajuste salarial.
Esta declaração de Jorge Cardoso acontece no mesmo dia em que o Ministério da Educação enviou um comunicado, manifestando a disponibilidade para encontro conjunto com os três sindicatos representativos dos professores para analisar as reivindicações que estão na base do pré-aviso de greve e evitar a paralisação das aulas prevista para a próxima semana.
No comunicado o Ministério adianta, contudo, que aguarda que os sindicatos indiquem a data para o encontro e os assuntos a constar da agenda.
Jorge Cardoso confirmou que os sindicatos receberam esta notificação do Ministério da Educação, e adiantou que, para além do encontro em sede da DGT, os sindicatos estão disponíveis para se reunir com o ministro da Educação, Amadeu Cruz, contanto que seja ele a marcar a data.
“Nós sempre privilegiamos o diálogo. Para nós fundamental”, disse, demonstrando, entretanto, pouco crente de que essas reuniões particulares poderão evitar a paralisação prevista para os dias 22 e 23 de Novembro.
“No último encontro que eu tive com o senhor ministro da Educação ele ficou a dizer apenas que ele não tem competência para responder uma das nossas reivindicações, que tem a ver com o reajuste salarial para os professores, inclusive aos aposentados com efeito a partir de 01 de Janeiro de 2024 e nós não estamos na disposição de abrir mão dessa reivindicação, porque os professores desde 2016 que não tiveram melhoria salarial”, disse.
Neste sentido, considera que seria pertinente uma intervenção do ministro das Finanças, Olavo Correia, nas negociações, à semelhança daquilo que está a acontecer neste momento com os profissionais da saúde que tinham uma greve marcada para a partir desta quarta-feira, 15, mas, entretanto, suspensa.
“Aquilo que nós estamos a exigir é ter um reajuste salarial de acordo com a inflação de 2023/24. Portanto, quanto a isso, se não houver esse entendimento, estaremos disponíveis para nos reunirmos com o senhor ministro das Finanças, juntamente com o ministro da Educação, para vermos esse assunto, porque nós queremos que o Governo recue na sua posição de deixar os professores sem reajuste salarial”, realçou.
O presidente do Sindep, que juntamente com o presidente o Sindicato dos Professores de Santiago (Siprofis), Abraão Borges, e a presidente Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Ligia Herbert, assinaram o pré-aviso de greve, disse que não corresponde à verdade que 7.000 professores foram beneficiados nos últimos anos com melhoria salarial.
A reunião tripartida em sede da DGT está marcada para a partir das 9:30.
Inforpress/fim
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