Dia Nacional do Professor celebrado sob o signo da “desmotivação” pelas promessas “não cumpridas” – sindicato

O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) disse hoje que o Dia Nacional do Professor será celebrado este ano sob o signo da “desmotivação” devido às pendências e às promessas “não cumpridas”.

Jorge Cardoso falava à Inforpress a propósito do Dia Nacional do Professor, que se assinala 23 de Abril, em honra do patrono dos docentes, o escritor, poeta e linguista Baltazar Lopes da Silva.

“A situação dos professores em termos de promoção e progressões está na mesma situação. Apenas temos promessas do ministro, mas até este momento nada foi resolvido”, realçou, afirmando que do processo fazem parte “congelamento e carreira” e a resolução das pendências, a que o ministro “muito tem falado, mas nada resolvido”.

O sindicalista considerou ainda que as classificações e os subsídios pela não redução de carga horária remontam o ano 2018 e que a progressão está congelada desde 2014.

Sobre estes problemas, explicou que o ministro da Educação enviou ao sindicato um cronograma de resolução das pendências das classificações em que se comprometeu que entre Março e Abril de 2023 seriam publicados e resolvidos.

“Até agora nem sinal de qualquer publicação sobre esta matéria, o que quer dizer que as promessas ainda não saíram do papel. Perante esta situação não temos nada a comemorar no dia 23, pois, as pendências dos problemas da classe continuam igual”, acrescentou, enfatizando que o ministro da educação “fala muito e pouco faz”.

Face a situação, Jorge Cardoso garantiu que vai ser esse sentimento de desmotivação que irá transmitir na sua mensagem alusiva ao Dia do Professor e promete, caso o problema continuar, entrar em ação para com o Ministério da Educação antes do fim do ano letivo.

Adiantou, por outro lado, que já está no terreno a auscultar os professores para poder agir de acordo com a resolução de todos, pois segundo disse, o acordo com o ministro não teve qualquer sucesso.

“Mais uma vez o ministro está a desrespeitar a classe com a não publicação das classificações como tinha prometido”, observou.

Quanto ao anúncio de pedido de transferência dos professores já publicado na página do Ministério da Educação disse que a planificação está em tempo, mas denuncia a existência de professores com contrato e que ainda não foram pagos.

Referiu, exclusivamente, a um caso reclamado por uma professora transferida desde janeiro para Praia e que até ainda não recebeu o salário.

“Nós privilegiamos o diálogo, mas chamamos a atenção do ministro por forma a ser mais responsável, visto que a classe está desmotivada por causa do incumprimento por parte do Governo”, concretizou.

Inforpress

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