DNS propõe ações focalizadas e estreitamento das políticas na promoção do envelhecimento saudável

Esta responsável fez estas declarações à imprensa, à margem do ateliê de socialização e Validação do novo PENEASPI para 2024-2028 realizado hoje e esta quarta-feira, referindo que esse ateliê surgiu após a constatação de que havia a necessidade de fazer a actualização do plano estratégico do envelhecimento ativo da pessoa idosa.

“Sentimos a necessidade de fazer a sua actualização, tendo em conta os novos desafios e é o perfil da nossa população que se está cada vez mais a tornar-se uma população caracterizada como sendo idosa, acima dos 65 anos, conforme o nosso estatuto da pessoa idosa a nível nacional”, afirmou.

Conforme explicou, trata-se de plano estratégico, que norteia as políticas macro para a pessoa idosa e que o mesmo terá o seu plano de atividade com o seu devido orçamento, que terá que ser mobilizado junto aos parceiros.

Destacou a importância da intervenção multissectorial feita através do ateliê para elaboração com grupos de trabalhos, que incluiu os diversos sectores transversais da sociedade cabo-verdiana, com associações comunitárias, com associações também que lidam diretamente com as pessoas idosas.

Enalteceu que há um grande compromisso da sociedade civil em trabalhar visando garantir a criação de condições técnicas e físicas para o melhor acolhimento e prestação de cuidados aos idosos a nível de todo o território nacional.

“Entendemos que os cuidados aos idosos devem ser prestados dentro das comunidades, junto às famílias e, precisamente, entre a capacitação que tem a ver com o autocuidado, o empoderamento dos próprios idosos e, sobretudo, não abordar só a questão dos idosos, mas abordar a pessoa em todo o ciclo de vida”, observou.

A diretora nacional da Saúde lembrou ainda que um país é medido a sua maturidade pela atenção às políticas que se direcionam, quer para a infância, mas também para a população idosa, defendendo neste sentido que, tendo em conta que o índice de envelhecimento tenha aumentado em 2010, de 8,3 para 21,7, há necessidade de estreitar as políticas, focalizar as ações.

“Temos de criar um ambiente de acesso e acessibilidade melhor para os nossos idosos, melhorar os nossos cuidados paliativos, também que têm a ver com as pessoas em fim de vida e, sobretudo, criar ambientes mais saudáveis e ambientes mais aprazíveis e que desenvolvem aspectos saudáveis direcionados à pessoa idosa”, apontou.

Angela Gomes adiantou ainda que o ateliê conta com a participação de especialistas renomados, autoridades de saúde, e representantes de organizações nacionais e internacionais e constitui uma oportunidade única para compartilhar conhecimentos, experiências e colaborar na construção de um futuro mais saudável e sustentável para a população idosa de Cabo Verde.

A realização do referido ateliê está alinhada com a iniciativa das Nações Unidas que proclamou o período de 2021-2030 como a Década do Envelhecimento Saudável.

Essa década oferece uma oportunidade única para os governos e parceiros se unirem em ações concertadas, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos, suas famílias e comunidades.

Este evento é uma resposta direta aos desafios identificados e está alinhado com as estratégias do Programa do Governo da X Legislatura e da Agenda Estratégica de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde 2030.

As diretrizes nacionais estabelecidas visam proporcionar um atendimento diferenciado e integral às pessoas com mais de 60 anos em Cabo Verde.

Inforpress/Fim.