Dom Arlindo Furtado enaltece a importância do processo da constituição do cabo-verdiano a partir da Ribeira Grande

O cardeal Dom Arlindo Furtado destacou hoje, na Cidade da Velha, durante a abertura do Decénio Jubilar, a importância do processo da constituição do povo cabo-verdiano, a partir do Caldeirão da Ribeira Grande, com sentido da dignidade.

Durante a cerimónia da abertura do Decénio Jubilar da Celebração dos 500 anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde, realizada no centro da Cidade Velha, considerado o berço da cabo-verdianidade, Dom Arlindo Furtado realçou a todos para a importância de o cabo-verdiano recordar o passado com gratidão, por forma a reconhecer todo o esforço e sacrifício consentidos pelos antepassados.

“Ninguém é melhor que ninguém. Todo o mundo é alguém. Por isto, é preciso que continuemos a preservar os valores e preservar, com toda a dificuldade vivida no passado e no presente, a mensagem e Evangelho, expressada nas relações socias, ainda que com muito sacrifício e muita luta pelo trabalho, luz e presença transformadora de Jesus Cristo”, vincou.

Daí, alertou a todos no sentido de assumirem as suas responsabilidades de “viver agradecido”, mas com “entusiasmo e grande amor”, e com a dinâmica de preparar Cabo Verde melhor para um futuro baseado na dinâmica recebida antes, visando a concretização de um futuro melhor e de esperança.

Baseada na leitura bíblica deste domingo, o Cardeal aproveitou a grande moldura humana que lotou o centro desta Cidade da Ribeira Grande para frisar que nos primeiros tempos do povoamento desta que foi a primeira cidade cabo-verdiana, os navegadores/povoadores trouxeram as suas histórias, culturas, língua e ambição e que os escravos estavam na condição de assumirem as suas pessoas na condição de pessoas com deveres.

Para Dom Arlindo, a Igreja sempre esteve presente, desde os primórdios da descoberta de Cabo Verde com palavras, transmitindo mensagem de palavras e luz para portadores de direitos e de deveres, de forma a fazer chegar a todos a mensagem que todo o ser humano foi criado por Deus, à sua imagem e semelhança e que diante de Deus todos têm a mesma precedência com um destino comum, a salvação eterna.

Nesta perspectiva, o Cardeal frisou que começar o Decénio Jubilar no berço da cabo-verdianidade representa para a Diocese de Santiago de Cabo Verde a assumpção das responsabilidades, não só para preservar a boa herança recebida, mas também para poder ser assumido e cultivado, visando a promoção e produção de efeitos significativos na prática.

Tudo isto, asseverou, para que ninguém fique pra trás, salientando que enquanto filho de Deus todos são irmãos e irmãs, ciente que a falta da verdade não se combina com a humildade, sublinhando a importância de todos assumirem os valores fundamentais, com tradução concreta na qualidade de relações desenvolvidas com os outros em todas as circunstâncias.

Inforpress

 

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest

Pode gostar também

Deixe um comentário

Follow Us