Antiga central elétrica da cidade de São Filipe será transformada na sede local da empresa, diz PCA da Electra

Luís Teixeira e outros elementos da direção da Empresa de Eletricidade e Água (Electra) encontram-se de visita à ilha do Fogo com o objetivo de conhecer as estruturas locais da empresa, assim como os projetos e desafios da ilha.

A transformação da antiga central elétrica, um espaço emblemático, na sede local da Electra e com componente comercial (loja) e técnica, só não avançou ainda devido aos constrangimentos como a pandemia e a guerra que, segundo o PCA da Electra, “baralhou tudo”.

Luís Teixeira disse que já dispõe de projeto e que a empresa quer avançar com a transformação e requalificação do espaço, ainda este ano, em parceria com a câmara de São Filipe, à semelhança do que aconteceu no município de Paul, observando que há outros municípios com centrais desativadas que não dão boa imagem ambiental para as cidades.

Ainda em relação ao município de São Filipe o PCA da Electra, cuja equipa esteve reunida com o presidente da câmara de São Filipe, Nuias Silva, durante mais de uma hora, disse que “são vários os projetos” em carteira e que podem ser implementados devido a boa relação existente entre as duas instituições.

Avançou ainda que foram identificadas algumas zonas que precisam de extensão de rede e cobrir as famílias que ainda não têm acesso à energia elétrica e as partes vão trabalhar um protocolo para expansão da energia à zona de Achada, nas proximidades de Monte Tabor (norte baixo), mas também projetos ligados à iluminação pública e iluminação led que está sendo preparado, porque além de “mais branca e bonita é mais eficiente e permitir uma poupança de 30 por cento (%)”.

A equipa de administração da Electra que, no quadro da visita para conhecer as estruturas locais da empresa vai estar nos municípios de Santa Catarina do Fogo e dos Mosteiros, para numa ótica de parceria com as câmaras juntar as forças, recursos para implementação de vários desafios que são comuns, lembrando que os municípios são também acionistas da Electra.

“Estamos a viver um momento muito difícil com os preços de combustíveis a subir e temos de usar os recursos de melhor forma”, destacou o PCA da Electra, para quem é necessária “alguma criatividade” em termos de orçamento porque o dinheiro é cada vez menos e, a título de exemplo, apontou que o gasto para produzir a energia quase que triplicou nos últimos três anos.

Outro aspeto analisado com a câmara de São Filipe foi a resolução do problema de logística de combustível na central única da ilha.

Quanto ao atraso nas ligações de energia elétrica, Luís Teixeira reconheceu que a Electra teve algum problema com o ‘stock’, mas que está a ser resolvido de forma paulatina.

“Todas as empresas passaram ou estão a passar pelo problema de logística, tivemos e temos algum problema de ‘stock’, mas tem a ver com a logísticas que tornou mais complexa, cara e demorada, mas estamos a resolver. A rotura de stock é conjuntura e não estrutural”, referiu o PCA da Electra.

Inforpress