Missão de supervisão do Banco Mundial avalia positivamente resultados do programa de subvenção de formação profissional

A missão do Banco Mundial que se encontra de visita à ilha do Fogo, acompanhado do presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, avaliou positivamente os resultados do programa de subvenção da formação profissional.

A gestora do projeto, Emily Gardner, que visita a ilha pela primeira vez, disse que foi interessante ver os resultados do programa de subvenções na área da formação profissional, destacando o facto de ser um projeto-piloto com ligação ao sector privado e às oportunidades do mercado de trabalho.

“Os resultados são bons até agora e com uma taxa de empregabilidade muito alto”, disse a gestora do projeto depois de visitar algumas estruturas instaladas no quadro das ações do programa e algumas empresas que empregam jovens que já concluíram uma das ações de formação.

Segundo a mesma, o programa em curso, orçado em um milhão de dólares, termina dentro de seis meses mas o Banco Mundial já aprovou um novo projeto ligado ao Capital Humano, no valor de três milhões de dólares, sublinhando que todos os centros de formação, públicos e privados, podem candidatar-se ao novo programa.

O diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a região Fogo/Brava, António Cardoso, disse que a visita dos responsáveis do Banco Mundial, juntamente com outros parceiros como o Fundo de Promoção do Emprego e Formação Profissional e da Direção-geral do Emprego é para fiscalizar e acompanhar a prestação de contas do financiamento de um dos programas ao Centro de Emprego e Formação Profissional, no valor superior a nove mil contos.

Com o financiamento, explicou, o centro executou três projetos, nomeadamente, agro-pecuária de nível 5 em Ponta Verde, instalação e manutenção de equipamentos informáticos e telecomunicações (São Filipe) e de serralharia de estruturas metálicas (Brava) e a missão veio para verificar, no terreno, a execução e avaliar os resultados.

António Cardoso indicou que, ligado à formação profissional, foram construídas algumas infraestruturas de apoio como a montagem de uma estufa em Ponta Verde com uma área de 625 metros quadrados que tem servido como laboratório de experiência dos formandos do curso de agricultura para as sessões práticas, desde a plantação, passando pelo acompanhamento das culturas, combate a pragas, colheita, agregação de valor aos produtos até à inserção no mercado.

“O principal objetivo deste programa foi financiar ações de formação para que os jovens pudessem ter acesso ao mercado de trabalho”, disse o diretor do centro, indicando que grande parte dos formandos que concluíram o curso de informática, que já terminou, foram absorvidos pelo mercado de trabalho e a missão visitou algumas empresas para se inteirar da integração dos jovens.

Outro impacto destacado pelo diretor do centro, foi a aquisição de um laboratório móvel de informática, constituído por 18 computadores, um portátil e data show, no valor aproximado de dois mil contos para potenciar e fazer cursos descentralizados de informática nos outros municípios da região.

António Cardoso defendeu que da boa execução das ações do programa vai depender outros financiamentos maiores e neste momento o centro já identificou, pelo menos, dois projetos para se candidatar ao novo programa.

Segundo o mesmo tratam-se de projetos nas áreas de energia fotovoltaico com instalação a 100 por cento de energia renovável nas instalações do Centro de Emprego e Formação Profissional, sendo que o outro projeto é na área de refrigeração e climatização, observando que o objetivo “é trazer cursos que fazem falta à ilha e com alta taxa de empregabilidade, mas também devolver ao sector privado jovens altamente capacitados”

Inforpress

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