
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
A Rede de Associações Comunitárias e Movimentos Sociais da Praia defendeu hoje a necessidade de formar e empregar jovens nas comunidades como forma de evitar a fuga de mão-de-obra para o exterior.
“Temos pessoas que estão desempregadas e vão à procura de melhores condições de vida. Neste momento, há maior demanda e o que temos de fazer é conseguir formas de, dentro da comunidade, conseguir formar pessoas e empregá-las para ficarem no país”, disse o representante da Rede, Raphael Ferreira, em declarações à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República, José Maria Neves.
Segundo este responsável associativo, está-se perante um risco de fuga de cérebros, com jovens a sair do país e, por isso, a Rede de Associações Comunitárias e Movimentos Sociais, está a trabalhar, contando com a colaboração dos atores políticos, para evitar que isso aconteça.
“Estamos a procurar financiamento para capacitar e formar as pessoas. As próprias associações, se tiverem membros capacitados, têm como arranjar financiamento. Para chegar a um financiador é preciso saber fazer um projeto e, normalmente, as associações têm dificuldades em elaborar um projeto. E a maior dificuldade neste momento é formar e capacitar membros das associações para isso. E a rede tem feito um grande trabalho na capacitação dos líderes associativos”, acrescentou.
Em relação ao encontro com o Presidente, Raphael Ferreira disse que serviu para apresentar a Rede, o trabalho que tem feito, que considera ser de “grande valia nas comunidades”.
“Viemos pedir o apoio do Presidente para nos ajudar a conseguir parceiros para capacitar os membros das associações que fazem parte da rede na elaboração de projetos, para conseguirem financiamento”, afirmou.
Raphael Ferreira disse ainda que o “feedback foi interessante” e que José Maria Neves mostrou “total abertura” para apoiar.
Formada por cerca de 40 associações comunitárias, a Rede de Associações Comunitárias e Movimentos Sociais da Praia surgiu, segundo Raphael Ferreira, durante a pandemia da covid-19 como forma de dar respostas às demandas durante a pandemia, nomeadamente com a distribuição de cestas básicas, máscaras, álcool gel.
Também teve “grande impacto” na forma de fazer campanhas de sensibilização na luta contra a covid-19 e adesão à vacinação.
“Depois disso, no pós-pandemia, estamos a assumir, mais uma vez, a responsabilidade, junto com a comunidade, de desenvolver a sociedade. Os desafios são muitos, sabemos a situação que enfrentamos no país, questões de segurança, questões de empoderamento das comunidades”, concluiu.
Inforpress
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