São Vicente: Ministro do Mar diz esperar que mercado absorva os 100 jovens que iniciam formações ligadas à economia azul

O ministro do Mar disse esta segunda-feira, 06, que espera que os 100 jovens que iniciaram cursos na área da economia azul, promovidos pela Escola do Mar, em São Vicente, sejam absorvidos pelo mercado nacional e também fora do País.

Abraão Vicente manifestou este desejo ao presidir a abertura dos cursos de marinheiro, motorista, montagem e manutenção de equipamentos mecânicos industriais, serralharia e estruturas metálicas, destinados a uma centena de formandos, dos quais quatro mulheres.

Segundo o ministro, ao mesmo tempo que estão a criar oportunidades para realizar essas formações também estão a assinar protocolos com países como Holanda, Portugal, Espanha, Bélgica, Suíça e Suécia para que os jovens, querendo e tendo oportunidades, assim que decidirem mudar de país tenham o diploma adquirido em Cabo Verde com a mesma validade noutros países.

No entanto, explicou que, como governante, o objetivo é que o mercado nacional consiga absorver esses jovens.

“Esperemos que a Enapor que vos consiga absorver, que as companhias nacionais, os armadores nacionais tenham capacidades de vos absorver, que a própria Universidade Técnica do Atlântico (UTA) tenha cursos complementares para que vocês complementam a vossa formação, que a Cabnave o consiga fazer e que a investigação científica do Imar o consiga fazer”, exemplificou o ministro.

Para Abraão Vicente, as formações que se iniciaram são “cursos profissionalizantes que abrem horizontes profissionais com futuro”. O mesmo sublinhou que para cada formando o custo era 130 contos, mas conseguiram instituições que financiassem a formação e agora o custo para cada aluno é de apenas 21 mil escudos.

Para a presidente do conselho da administração da Escola do Mar, Liliane Pimenta, os jovens que estão a ser beneficiados por este projeto estão a ter “uma grande oportunidade” em relação aos que já fizeram ou a outros que venham a fazer formações na Escola do Mar porque estão a beneficiar de uma propina muito baixa.

Por sua vez, o presidente do Instituto de Engenharias e Ciências do Mar (Isecmar), António Varela, revelou que o instituto vai dar o seu contributo “quantas vezes for necessário” para a formação de motoristas e marinheiros.
Isto porque, explicou, o objetivo é proporcionar aos jovens ferramentas e formação que lhes permitam perspetivar melhor as suas vidas, as famílias e o próprio País.

Também o presidente do conselho de administração da Cabnave, Ivan Bettencourt, revelou que os estaleiros navais vão fazer no dia 22 deste mês 40 anos e que, durante esse tempo, já formou mais de 500 alunos.
Mas, acrescentou, neste momento pretende mudar de paradigma e aumentar a cifra em conjunto com a Escola do Mar.

“O centro de formação da Cabnave vai passar a ser conjuntamente com a Emar que vai ter todos os caminhos para fazer os cursos de forma regular”, informou o responsável, pedindo aos formandos que se esforcem para que possam ter a oportunidade de estágios e empregos na Cabnave porque “o nicho de mercado vai aumentar com o leque de investimentos” previstos para os estaleiros navais.

Inforpress

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