Edifício do Palácio do Governo vai ser iluminado de azul no âmbito do dia Mundial do Paludismo

Edifício do Palácio do Governo vai ser iluminado de azul no âmbito do dia Mundial do Paludismo

A Cidade da Praia vai aderir ao movimento global das entidades internacionais de luta contra o paludismo e ilumina, hoje, o edifício do Palácio do Governo der azul, para assinalar o Dia Mundial do Paludismo.

Segundo o coordenador do Programa Nacional da Luta contra o Paludismo, António Moreira, esta actividade, que é mundial, acontece pelas 21:00 e será presidida pelo ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário.

Este acto, frisou, encerra a programação da efeméride, cujo acto central aconteceu no passado dia 23, com um encontro de reflexão, com os parceiros, sobre o percurso feito e o caminho que o País deve e deverá continuar a seguir para a obtenção do certificado de eliminação.

Desde Fevereiro de 2018, lembrou, que o País não registou nenhum caso autóctone de paludismo, estando neste momento no processo de certificação.

Um dos requisitos para a obtenção deste certificado, informou, é o País estar livre há três anos desta doença, algo que Cabo Verde já alcançou, mas falta fazer ainda uma avaliação por parte dos técnicos internacionais da Organização Mundial da Saúde.

“Nós já iniciamos o plano de eliminação e temos outros documentos que estamos a fazer como a autoavaliação e depois virá expert da OMS para fazer a avaliação e, em princípio, se tudo correr bem, espero que em 2023 o País tenha o seu certificado”, perspectivou.

Mas para isso, alertou, a eliminação da malária não depende só das autoridades, mas sim de toda a população.

Por isso, advogou que é preciso continuarem juntos num “djunta mó” com os parceiros e a sociedade civil no sentido de o País ser certificado “como um País isento da malária”.

Esta certificação, afirmou, não é só “importante” para Cabo Verde e para a saúde dos cabo-verdianos, mas para todos que visitam o País, para a imagem do arquipélago na sub-região e no mundo, incentivando os outros países próximos de que é possível eliminar a doença nos horizontes estabelecidos pela Global Malaria Programme.

Tendo em conta que ainda há registos de casos importados no país, António Moreira garantiu que as autoridades nacionais da saúde vão continuar a tomar medidas, traçadas no plano de eliminação do paludismo 2020-2024, para que não haja transmissão local, a partir destes casos importados.

“O eixo principal deste plano tem a ver com a vigilância epidemiológica, ou seja, estar atentos, sobretudo, aos casos importados, porque mesmo não tendo casos locais, nós continuaremos a ser um vector”, disse, acentuando que é “difícil” eliminar o vector, mas é possível reduzi-lo a uma população baixa que não permite a transmissão.

Ainda, informou, as autoridades irão continuar a acompanhar e a controlar a entrada de passageiros vindos de zonas endémicas.

O Dia Mundial de Luta Contra a Malária, celebrado hoje, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2007, com a missão de reconhecer o esforço global para o controlo efectivo da malária.


Inforpress/Fim

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