Embaixadora diz que comunidade internacional está a reconhecer Guiné-Bissau pela estabilidade conquistada

A embaixadora da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Basiliana Tavares, manifestou hoje “grande orgulho” pelo facto de a Comunidade Internacional (CI) “estar a reconhecer” o seu país, que “apesar dos pesares, tem conquistado a estabilidade”.

A diplomata falava à imprensa, à margem da cerimónia da deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, na Cidade da Praia, como forma de assinalar o 49º aniversário da independência da Guiné-Bissau.
Considerou este um dia importante para a Guiné-Bissau, e para toda a comunidade guineense tanto no país como na diáspora, por ser uma data que permitiu tornar a Guiné-Bissau país independente e livre de tomar conta do próprio destino.

“A comunidade internacional está a reconhecer a Guiné-Bissau neste momento”, afirmou, apontando que no passado mês de Julho, na Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO, o seu país passou a assumir a presidência da organização, e, recentemente, também preside a Aliança dos Líderes da Luta contra a Malária na África (ALMA).

“Portanto, é o reconhecimento, eu posso dizer, é o reconhecimento dessa estabilidade que está acontecendo no nosso país, porque caso contrário, não ganharíamos este ganho que estamos a conquistar agora”, reforçou.

Apesar desses ganhos conquistados, Basiliana Tavares apontou que há “grandes desafios” a serem enfrentados, assim como qualquer país tem e, sobretudo, nestes períodos de muitas instabilidades.

“É do conhecimento de todo o mundo, mas agora eu penso que paira estabilidade porque todas as instituições estatais estão a funcionar na sua normalidade e a Guiné-Bissau está a ganhar aquela imagem que outrora tinha na arena internacional”, considerou.

A embaixadora apontou a união como sendo outro desafio, lembrando que o seu país está à espera de eleição prevista para Dezembro próximo, em que se vai realizar recenseamento de raiz, que acarreta um determinado período para a sua conclusão.

Mas, garantiu que o Governo do seu país está a fazer de tudo para que essa data não falhe, assim como está “muito empenhado” para que os desejos do povo guineense se tornem realidade.

“Este é o grande desafio, eleições legislativas e depois, para o próximo ano, preparar, se tudo correr bem, para as eleições autárquicas, porque nunca a Guiné-Bissau realizou essas eleições, e avançar para o desenvolvimento para o nosso país, apesar dessa conjuntura”, frisou.

Considerando que o dia da independência “não é uma festa partidária e nem de cor”, Basiliana Tavares aproveitou para lançar o apelo à união, tanto no seio da população guineense residente no país, assim como aos conterrâneos na diáspora, acreditando que é a união que faz a força.

Em representação do Governo de Cabo Verde, o ministro das Comunidades, Jorge Santos, manifestou a “honra e prazer” de participar na “celebração simbólica” do dia da independência de um “país irmão” e também de uma nação que partilha uma longa história com este arquipélago.

“Hoje a Guiné-Bissau é um país soberano, que está a trilhar o seu caminho da paz, da tranquilidade, mas também do desenvolvimento”, sublinhou, lembrando que atualmente em Cabo Verde a maior comunidade imigrante é da Guiné-Bissau.

Segundo assinalou ainda, com a abertura do período de regularização especial para os imigrantes em Cabo Verde, quase 2.800 cidadãos da Guiné-Bissau estão em vias de conseguir os seus títulos de residência, realçando que devem conhecer todo o ambiente legislativo, os seus direitos, mas também os seus deveres, enquanto cidadãos neste “país irmão”.

Inforpress

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