
Sexta-feira, 8 de Dezembro, 2023
A 26.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) arrancou nesta quarta-feira, 15, com mais de uma centena de expositores de Cabo Verde, Portugal, Brasil e Estados Unidos da América.
A FIC, considerada a maior feira de negócios de Cabo Verde, arrancou nesta quarta-feira, 15, na capital do país, com 210 stands esgotados. Num total de 110 expositores de Cabo Verde, Portugal, França, Brasil e Estados Unidos estão presentes na 26.ª edição. Há empresas que já são habituais e outras marcam presença pela primeira vez em busca de divulgação das suas marcas.
Há seis anos no mercado, a empresa Fresk d’Gustinh estreia-se na FIC com um stand recheado de uma gama de produtos frescos e congelados. Segundo Simone Duarte, Fresk d’Gustinh é uma empresa familiar que começou de forma informal há 27 anos e que foi formalizada em 2017. Após enfrentar vários desafios, inclusive a pandemia, a empresa está agora no processo de industrialização.
“Estamos a falar de uma peixeira do setor informal que agora está no processo de industrialização, a preparar-se para exportar. (…) Da feira esperamos essencialmente fazer networking, conhecer eventuais parceiros e divulgar os nossos produtos.”
Também pela primeira vez nesta feira, a marca de aguardente de Santo Antão “Regasso” quer aproveitar a feira para promover o seu produto no mercado nacional.
Segundo o representante Ariano Cruz, os produtos da marca inspirada na morna Seiva (ou Regasu) de Orlando Pantera já começaram a ser exportados para os Estados Unidos da América e agora viram na feira uma oportunidade para fazer o primeiro lançamento nacional. “Achamos que a Feira Internacional de Cabo Verde seria o palco ideal tendo em conta que temos aqui visitantes.”
Estar presente na feira pela primeira vez não está a ser fácil para os representantes da marca devido ao transporte dos seus produtos para a capital do país.
“Nós tínhamos uma carga em grande quantidade que infelizmente devido aos constrangimentos não chegou a tempo, mas não desistimos. O lema da feira é ‘transformar dificuldades em desafios’, nós realmente enfrentamos dificuldades e desafios e não quisemos perder a oportunidade de cá estar. Estamos aqui a improvisar o nosso stand com alguns exemplares dos produtos, gostaríamos de ter mais porque a ideia era vir aqui e vender algumas garrafas.”
A empresa Gesso & Perfil está no mercado nacional desde 2008 e desde essa altura nunca perdeu uma edição da feira realizada na Praia. Segundo Rute Carvalho, a empresa comercializa materiais de pladur e todos os seus derivados, bem como dá formações e está na FIC para divulgar os seus produtos essenciais. “O balanço da participação ao longo desses anos é positivo porque através da Feira os clientes entram em contacto e procuram a empresa.”
A Electra, Empresa de Eletricidade e Águas, é um expositor habitual da FIC e segundo o administrador executivo Osvaldino Silva o balanço é extremamente positivo. “A Electra tem marcado presença sempre na Feira Internacional de Cabo Verde e tem uma comparticipação grande, podíamos dizer que efetivamente que a empresa não deveria, mas temos nos esforçado em todas as formas e princípios porque o nosso custo diário é muito elevado. Produzir e comercializar energia em Cabo Verde é muito elevado, mas afirmamos que tínhamos que estar todos os anos na FIC. (…) Aqui é uma grande montra para demonstrar o que a Electra é capaz de fazer e levar também todo o nacional e a diáspora cabo-verdiana.”
Para esta edição, Osvaldino Silva diz que a expectativa é boa. “(…) Para além de empresários nacionais vemos promotores de vários países que estão em Cabo Verde. Portanto, creio que tem tudo a ganhar”, diz e acrescenta que a FIC é um trampolim de desenvolvimento do país.
Há quase três décadas no mercado, Arquipélago Internacional já participou em 20 edições da FIC e este ano está no evento a representar várias marcas desde Incolac, Visor, Refreskant e Meu Biju, que segundo a representante Letícia Rocha têm conquistado o mercado nacional. “Conseguimos trazer produtos que de facto caiem no gosto dos cabo-verdianos. (…)Já atingimos a expectativa para este ano que é ver no olhar do público que vem nos visitar o reconhecimento das marcas. (…) Aqui o que esperamos sempre temos, que é o sorriso, o agradecimento e a presença”, afirma e acrescenta que a FIC é um ambiente de troca entre participantes.
Letícia Rocha partilha da mesma opinião da organização de que é preciso um espaço com melhores condições para realizar uma feira condigna. “Está na hora de modificar e acredito que aos poucos vamos conseguir. A organização está a fazer um bom trabalho na gestão que Angélica Fortes está a fazer. Ela tem visão e quer que aconteça custe o que custar. Penso que sim, que podemos renovar.”
É de realçar que a XXVI edição da Feira Internacional de Cabo Verde decorre até o próximo sábado, 18, na capital do país.
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