
Domingo, 24 de Setembro, 2023
O Presidente da República, José Maria Neves, acredita que o Festival Literatura Mundo dará um “importante contributo” para compreender os desafios de Cabo Verde como País Africano no Atlântico Médio e como Nação Global à escala da sua Diáspora.
José Maria Neves falava, hoje, na cerimónia de abertura oficial da 5ª edição do Festival de Literatura Mundo, que decorrerá durante quatro dias no Sal, num dos hotéis da cidade turística, e a que presidiu.
“Estou certo de que este Festival dará um importante contributo para compreender os desafios de Cabo Verde como País africano no Atlântico Médio e como Nação Global à escala da sua Diáspora, para albergar olhares mais alargados sobre a “ordem literária mundial”, reiterou.
Segundo o mais Alto Magistrado da Nação, o Festival de Literatura-Mundo do Sal tem tido o mérito nas suas cinco edições – que seriam sete, lembrou, não fosse a paragem devido a pandemia de 2020-2021 -, de realizar a “mais ampla” relação de encontro de autores, professores, investigadores e comunicadores de que “se tem notícia”.
“Trazendo para Cabo Verde, personalidades da arte e da ciência literária de Angola e do Vietname, da Alemanha e do Brasil, da Argentina e do Senegal, de São Tomé e Príncipe e dos Estados Unidos, da Espanha e de Portugal, da Itália, da Sérvia e da Nigéria”, enumerou, com satisfação.
“Enquanto Presidente da República, quero enaltecer e agradecer, de forma muito solidária e consequente, o contributo ímpar que, a partir do Sal e nas suas atividades de extensão, este Festival tem dado para a valorização da Literatura e da Cultura de Cabo Verde”, manifestou.
Em cada edição fazem-se “homenagens marcantes”, desta feita José Maria Neves congratula-se de a escolha para 2023 recair na linguista Dulce Almada.
“Uma oportunidade sem paralelo, não só para a rememorarmos com toda a vénia que nos merece, mas para levantarmos questões da língua e da identidade, posto estarmos no dealbar da plena oficialização da língua cabo-verdiana e da realização constitucional do bilinguismo, que reza a paridade e a coabitação enriquecedora entre o português e o cabo-verdiano, dois elementos fundantes da nossa identidade”, manifestou.
“Dulce Almada Duarte foi das grandes estudiosas da língua e da cultura de Cabo Verde e deixou um legado fundamental para o afrontamento linguístico-cultural que ora nos detém”, enfatizou.
O PR finaliza dizendo que é com o maior gosto que toma também nota do Prémio LHANA de Literatura, uma parceria entre o Governo, através do Ministério do e Turismo Transportes, a Câmara Municipal do Sal e o Festival de Literatura-Mundo do Sal, que “vivamente” felicita, a ser atribuído no acto de encerramento do Festival.
“E que consta ter sido muito concorrido, iniciativa que será um grande incentivo para a produção literária nacional”, disse.
Aplaudindo os criadores deste Festival, José Maria Neves concluiu a sua intervenção na expectativa de que o encontro deste ano dê um contributo “determinante” para que o Festival consagre o Sal como centralidade literária.
“E como destino também de turismo cultural, ajude a aumentar o interesse do mundo pelos escritores cabo-verdianos e a literatura cabo-verdiana conquiste novas fronteiras”, almejou.
Mais de 30 escritores se fazem presentes no Festival Literatura-Mundo, participando uma média de 31 homens e mulheres de letras, sendo 14 escritores cabo-verdianos e 17 estrangeiros, contando com a Curadoria Científica da Professora Inocência Mata.
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