Fogo: Projecto Zé Luís Solidário vai priorizar áreas de saúde e educação nas próximas intervenções

O Projecto Zé Luís Solidário vai priorizar as áreas da saúde e da educação nas suas próximas acções para a ilha do Fogo, disse o responsável do projecto, José Luís Martins.

 

Este emigrante radicado nos Estados Unidos da América (EUA), que se encontra na ilha do Fogo onde já apresentou o projecto nos três municípios, disse que as próximas intervenções passam pelo envio de materiais hospitalares e escolares para esta ilha, à semelhança dos enviados para as ilhas de Santo Antão São Vicente e São Nicolau.


“A próxima remessa é para a ilha do Fogo e para os centros de saúde nos três municípios, e mais de um milhar de mochilas para o sector da educação”, disse, lembrando que o projecto criado no ano passado nos EUA conta com “grande contribuição” dos foguenses.


Com pouco mais de um ano de existência, o projecto já arrecadou mais de 90 mil dólares, dos quais entre 60 a 70 mil foram doados por pessoas da ilha do Fogo, referiu o responsável do projecto, sublinhando que a apresentação do mesmo na sua ilha natal tem significado especial porque é também a ilha que mais tem recebido ajuda.


O projecto nasceu de forma espontânea, na sequência da pandemia da covid-19, para ajudar as famílias cabo-verdianas que precisavam de apoios durante o período de estado de emergência, apontou José Luís, referindo que o projecto tem quatro áreas de intervenção, nomeadamente saúde, educação, alimentação e habitação, mas, às vezes, contempla outras áreas.


O sector mais contemplado foi o de saúde, quer com subsidiação de consultas, exames médicos como no envio de muitos pacientes para tratamento em Senegal e Portugal.


Outro sector que mereceu atenção, segundo o mesmo, foi o de alimentação, seguido de educação, observando que o de habitação, pese embora esteja em construção uma casa de raiz para uma família de Ponta Verde e que deverá ser concluída a 12 de Maio, é o que tem merecido menor atenção.


José Luís Martins explicou que o sector da habitação exige muitos recursos e o projecto não dispõe de fundos, já que trabalha com redes sociais em que se coloca uma determinada situação e as pessoas contribuem para sua materialização.


Este emigrante, que já esteve envolvido em outras intervenções como a reabilitação da igreja de Ribeira do Ilhéu (Mosteiros), de onde é natural, disse que sempre gostou de ajudar e que por isso o projecto tornou-se “numa coisa grande, bonita”, que “as pessoas reconhecem”.


Apesar de se encontrar de férias, o promotor do projecto, está, juntamente com os dirigentes locais, a diligenciar para legalizar ainda esta semana o projecto e abrir uma conta bancária, porque, explicou, às vezes as pessoas querem ajudar e ficam obrigadas a enviar as remessas para conta de outras associações.


“O projecto não é só dos emigrantes radicados nos EUA, é de todos os cabo-verdianos espalhados pelo mundo”, disse o promotor, salientando que nos EUA o projecto é reconhecido e quer fazer o mesmo em Cabo Verde para que seja conhecido e assim poder resolver algumas burocracias, sobretudo nas alfândegas, que “leva a alguma desmotivação”.


José Luís Martins apelou ao Governo para tentar conhecer o projecto e facilitar na resolução das situações, sublinhando que o projecto apoia as pessoas que precisam independentemente da sua filiação político-partidário ou credo religioso, salientando que o objectivo é ajudar as pessoas que necessitam com verdade e transparência para devolver o sorriso e a felicidade.

 

Inforpress/Fim

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