
Domingo, 24 de Setembro, 2023
O documento, rubricado pelo ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, pelo PCA do TUI Care Fundion e pelo CEO do Grupo TUI representa um primeiro passo de uma nova relação entre o grupo TUI e o Governo de Cabo Verde.
Após a assinatura do documento, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou que este memorando de entendimento com um dos maiores operadores mundiais do sector do turismo, associado aos transportes aéreos, representa o compromisso e confiança num programa de execução de curto e médio prazo e com orientação para longo prazo.
“Significa uma aposta muito forte no desenvolvimento do turismo em Cabo Verde e junta ainda vários convergentes com aquilo que é o objetivo do Governo: um turismo sustentável, inclusivo, integrador, que produza ainda mais valor económico como social”, descreveu o primeiro-ministro
Conforme o chefe do Governo, já está a ser trabalhado com o grupo hoteleiro o conceito de “hotel 100% verde”, com energias renováveis, reutilização de águas residuais, dessalinizaçao de água com suporte a energias renováveis , carros eletricos e zero plástico em termos de poluição.
Neste sentido, avançou ainda que por ser o Grupo TUI, também um operador aéreo, “interessa-nos muito, fazer com que o desenvolvimento do turismo tenha mais fluxo de passageiros e de aviões, portanto há aqui uma expeptativa muito forte para os próximos tempos”, precisou.
Por sua vez, o CEO do Grupo TUI, Sebastian Ebel, afirmou que para o desenvolvimento do turismo, é importante desenvolver acções de curto prazo e planeamento futuro.
“Se olharmos para os números de turistas que o TUI traz para Cabo verde, podemos dizer que tem sido uma história de sucesso. Este ano, para o Verão, temo 20% a mais que o ano passado e o Inverno até o momento está em 40%”, afirmou.
“Estamos comprometidos em criar um turismo sustentável e contamos com um forte apoio para atingirmos esses objectivos e, como o primeiro-ministro disse, os objectivos cabo-verdianos são nossos objectivos”,
concluiu.
Além do grupo TUI, afirmou o ministro Carlos Santos à Lusa, que o Governo já assinou memorando semelhante com o grupo RIU, e há perspetivas de se associar a outros grupos hoteleiros que operam no arquipélago.
Carlos Santos disse que o memorando vem “encaixar muito bem” num projeto que o Ministério do Turismo está a desenvolver, que é de sustentabilidade no turismo, que será desenvolvido no Sal e na Boa Vista, as duas ilhas mais turísticas do país, para transformá-las em ilhas sustentáveis e posteriormente serem certificadas de acordo com as normas internacionais.
Só o grupo hoteleiro espanhol RIU – que detém 3,6% do capital social do operador TUI – recebe anualmente 300 mil turistas nos seis hotéis que opera nas ilhas do Sal e da Boa Vista, totalizando 4.479 quartos, sendo o maior empregador privado do arquipélago, com quase 2.500 trabalhadores.
O número de trabalhadores ao serviço nos estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde cresceu cinco vezes em 2021, para 8.400, indicam dados divulgados em junho pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano.
Segundo o Inventário Anual de Estabelecimento Hoteleiros, esses estabelecimentos empregavam diretamente 1.577 trabalhadores no final de 2020 (após um máximo de 9.417 em 2018), registo que assim subiu fortemente (432,7%) no final do ano passado, devido à reabertura progressiva das unidades de alojamento, após as restrições impostas pela pandemia de covid-19.
No final de 2021, segundo o mesmo inventário, Cabo Verde contava com 292 estabelecimentos de alojamento hoteleiro, número que compara com os 124 no ano anterior e os 284 em 2019.
C/ Inforpress e Lusa
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