Governo pretende criar “mapa de ruído” para detectar nível de ruído em diferentes localidades

O representante do Ministério da Agricultura e Ambiente na abertura do ateliê sobre poluição sonora, Alexandre Rodrigues, disse hoje que o Governo pretende criar um Mapa de Ruído para detectar o nível de ruído em diferentes localidades.

Trata-se da forma encontrada para ajudar o executivo na tomada de decisões para a gestão de ruídos, disse Alexandre Rodrigues, em declarações aos jornalistas, depois da abertura do ateliê sobre a “Poluição sonora – efeitos na saúde, medidas de prevenção e controlo”, no âmbito da comemoração do dia internacional da consciencialização sobre a poluição sonora.

Alexandre Rodrigues, que é assessor especial do ministro que tutela a pasta do ambiente, acrescentou que estes mapas conseguem ajudá-los a saber que medidas devem tomar dentro de uma localidade para baixar a intensidade do ruído, onde podem fazer uma gestão “mais condizente” a nível da poluição sonora.

“O mapa de ruído é uma ferramenta que permite identificar as áreas mais afectadas pelo barulho e planear intervenções para reduzir o impacto do ruído na saúde das pessoas, por isso, consideramos que é um instrumento fundamental para o combate à poluição sonora”, indicou Alexandre Rodrigues.

Estes mapas, conforme precisou, têm “grande importância” na tomada de medidas e no controlo do nível do ruído, sublinhando que é uma ferramenta “importante” para a tomada das decisões políticas e urbanísticas.

Neste particular, esclareceu o assessor especial, com este mapa de ruído torna-se mais fácil, junto com as outras instituições que têm competência nesta matéria, trabalhar nesta temática e torna-se mais fácil ter outros mapas de ruído e continuar a sensibilizar para que as tomadas de decisão sejam baseadas nestas informações.

Relativamente à data para a sua implementação, este responsável afirmou que não tem ainda uma data específica, justificando que é um trabalho técnico, que exige equipamentos e que vai levar o seu tempo para a sua concretização.

Este representante do Governo, apontou ainda as entidades que vão trabalhar em sintonia com o Ministério do Ambiente para a tomada desta decisão, nomeadamente, a Direcção Nacional do Ambiente, a Polícia Nacional, as Câmaras Municipais, o Instituto Nacional da Saúde Pública e as populações locais.

Uma outra forma de lidar com o problema do ruído, de acordo com a mesma fonte, é por meio da educação pois, conforme disse Rodrigues, é essencial que as crianças aprendam desde cedo sobre a importância de evitar o ruído excessivo e de respeitar os outros em relação ao barulho. Além disso, frisou também que é importante que as pessoas saibam proteger a sua audição evitando exposições prolongadas em lugares perigosos.

Segundo Alexandre Rodrigues, Cabo Verde já dispõe de uma legislação sobre o ruído mas que carece ainda de algumas melhorias para garantir a sua plena aplicabilidade.

Mas, sublinhou que é importante que as pessoas sejam conscientes sobre o impacto do ruído na saúde e no bem-estar individual e colectivo, evitando comportamentos que possam gerar ruídos excessivos porque todos têm direito de viver num ambiente tranquilo, pelo que, cabe à sociedade, como um todo, e ao Governo garantir esse direito.

Neste dia da comemoração do dia internacional da consciencialização sobre a poluição sonora, Alexandre Rodrigues referiu que é preciso que todos reflictam sobre o impacto do barulho na vida das pessoas e tomar medidas para reduzir os ruídos em casa, na rua e no trabalho, considerando que é uma oportunidade para consciencializar as pessoas sobre os efeitos negativos da poluição sonora.

A mesma fonte garantiu que o Governo vai continuar a trabalhar junto das entidades e da população para criar um ambiente mais saudável e tranquilo para todos.

De referir que este evento, promovido pela Direcção Nacional do Ambiente, foi comemorado pela primeira vez em Cabo Verde.

Inforpress

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