Governo quer parceria estratégica com Angola

O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, defendeu hoje o desenvolvimento de uma “parceria estratégica” com Angola, de forma a potenciar as relações económicas e a proximidade cultural entre os dois países.

“Angola é um país com o qual o atual Governo vem promovendo o reforço e o desenvolvimento de mecanismos eficazes de cooperação e a aprofundar a relação histórica entre os dois Estados, elevando-a a um novo patamar e com um novo sentido”, afirmou Correia, também ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, após receber na Praia uma delegação de investidores angolanos.

“Pretendemos colocar esta relação ao nível de uma parceria estratégica – com ganhos para ambos os lados, em áreas como os transportes e a mobilidade, potenciando a circulação do investimento privado, do turismo, do conhecimento, da inovação, da ciência, da tecnologia, para além da proximidade cultural entre os novos povos”, disse.

O governante defendeu que o setor privado “é um pilar importante na persecução dessas metas”, pelo que, “quer sejam empresários cabo-verdianos, quer sejam angolanos, que pretendam aproveitar o leque de oportunidades que essas áreas apresentam, vão poder contar com todo suporte do Governo” do arquipélago.

Uma delegação de empresários angolanos está de visita, esta semana, a Cabo Verde, com foco na diversificação de investimentos, sendo liderada por Elias Piedoso Chimuco, antigo deputado da Assembleia Nacional de Angola, empresário e presidente da Fundação Piedoso, de caráter social e filantrópico.

“É constituída por empresas com capacidade demonstrada em vários países e nas mais diversas áreas, pelo que o Governo de Cabo Verde está aberto para um diálogo que seja frutífero para ambos os lados”, afirmou Olavo Correia.

O investimento direto estrangeiro (IDE) de Angola em Cabo Verde cresceu em 2022 para quase 295 milhões de escudos (2,7 milhões de euros), em áreas como transportes e turismo, contra os 255 milhões de escudos (2,3 milhões de euros) em 2021, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, sendo assim o terceiro maior investidor no arquipélago no ano passado, atrás de Portugal, com 4.516 milhões de escudos (41 milhões de euros), e de Itália, com 371 milhões de escudos (3,3 milhões de euros).


Lusa

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