
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
O primeiro-ministro avançou ontem, dia 20, no Mindelo, que o Governo vai liquidar uma dívida do Estado para com a Cabnave e lançar ainda, este ano, um estudo para a reestruturação, modernização e equipamento dessa empresa.
Segundo Ulisses Correia e Silva, que falava à imprensa após visitar a Cabnave e as obras do Terminal de Cruzeiros, a regularização dessa dívida é importante para que a empresa possa entrar, pelo menos este ano, em condições de sustentabilidade financeira.
“Cabnave desempenha um papel muito importante, se levarmos em conta que é um projecto que vem da década de 80 e que criou muita capacidade em termos de formação, de intervenção, e em termos de serviço, mas depois de todos esses anos é preciso investir nos equipamentos e na maquinaria para posicionarmos São Vicente na reparação naval, como uma centralidade importante a nível da prestação de serviços”, explicou o chefe do Governo.
Conforme o primeiro-ministro, a Cabnave tem um potencial de aumentar ainda mais a sua prestação de serviços, aumentar negócios, criar postos de trabalho mais qualificados e substituir os trabalhadores que entrarão na reforma.
“Muitos trabalhadores estão quase a entrar na idade de reforma, há necessidade de reavivar e de criar novas condições para que o pessoal novo possa entrar também neste tipo de actividade, que é muito importante para a economia da ilha e do País”, avançou a mesma fonte, para quem o investimento para a sua modernização “vai depender do estudo que vai ser feito para definir o quadro de investimentos necessários”.
A empresa Onave, segundo Ulisses Correia e Silva, também está dentro do mesmo pacote com a Cabnave porque vai necessitar também de investimentos e de reestruturação.
“Vai ser essencialmente orientada para reparação de embarcações de pesca, de pequeno e médio porte, vai necessitar também de investimentos e da sua reestruturação e está dentro deste pacote de estudos que vai ser feito para definir o quadro de investimentos necessários”, assegurou.
Sobre a obra do Terminal de Cruzeiros, segundo o primeiro-ministro, “vai posicionar São Vicente a nível do turismo de cruzeiros como um valor muito maior daquilo que existe actualmente” e “poderá estar pronto em Janeiro de 2025”.
Ulisses Correia e Silva também falou dos transportes marítimos e garantiu que a indemnização compensatória à empresa concessionária vem sendo pagas, sendo que “o último pagamento, já liquidado, foi cerca de 188 mil contos”.
Quanto ao processo negocial com a empresa, o primeiro-ministro avançou que está em curso.
“Devemos fechar, assim que todas as condições estiverem criadas e estamos a trabalhar com a concessionária no sentido de resolver este problema de ligações deficitárias com a ilha Brava e garantir que possamos vir a ter novamente as ligações que estavam previstas: seis ligações semanais com o Fogo”, adiantou a mesma fonte, garantindo ainda que “vai entrar seguramente mais navios”, além dos dois que actualmente estão em operação.
Inforpress
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