Em declarações à Inforpress, Amândio Barbosa Vicente começou por agradecer a todos os cabo-verdianos que votaram nas propostas do Partido Popular.

“O nosso resultado é extremamente baixo e ficamos triste porque não conseguimos eleger nem um deputado”, referiu.

Amândio Barbosa Vicente assegurou que os resultados serão analisados junto da direcção do partido e avançou que o seu lugar estará à disposição, caso houver necessidade de uma nova liderança, mas ciente de que irá continuar a ser um cidadão activo na sociedade cabo-verdiana.

Por outro lado, deixou um alerta ao actual vencedor das eleições, Ulisses Correis e Silva, de que a sua governação não será fácil, vincando que o PP vai continuar a denunciar situações de corrupção e irregularidades e lutar pela transparência e boa gestão da coisa pública.

“Em Cabo Verde, a democracia tem tido bastante limitação, com muita pobreza e onde os indivíduos estão ligados ao Estado e à administração pública, com muita compra de votos e doações de arcas, dinheiro e cadastro social, que ultimamente têm vindo a condicionar a liberdade dos cidadãos”, referiu.

Às urnas foram chamados quase 393 mil eleitores, sendo 340.241 registados a nível do país, e 52.752 a nível da diáspora. Ao todo são 1.245 assembleias de voto no arquipélago e 236 assembleias de voto no estrangeiro.

Os dados provisórios da CNE apontam para uma abstenção dos 41.5%.

O PAICV, MpD e UCID concorrem em todos os círculos, PP em seis círculos (Santiago Sul, Santiago Norte, Boa Vista e os três da diáspora), PTS também em seis círculos (São Vicente, Santiago Sul, Santiago Norte e três diáspora), e PSD em quatro círculos (Santiago Norte, Santiago Sul, América e África).

As últimas eleições legislativas em Cabo Verde ocorreram no dia 20 de Março de 2016, tendo o Movimento para a Democracia (MpD) vencido com maioria absoluta, ao eleger 40 deputados, o PAICV 29 e a UCID três.

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