Ministro do Mar apresenta Cabo Verde como alternativa aos portos Europeus

O ministro do Mar, Abraão Vicente, disse hoje que a atual crise decorrente da covid-19 e da guerra na Ucrânia, recentrou Cabo Verde como um País que pode ser alternativa aos portos europeus.

O governante, que falava das oportunidades da economia azul durante a segunda sessão temática do Cabo Verde Investiment Forum, a decorrer na cidade de Santa Maria, sublinhou que Cabo Verde pode, de facto, aproveitar esta crise para se posicionar dentro de todo um novo mercado emergente da economia azul.

Por isso mesmo indicou que o Governo está a fazer a reanálise da privatização da Empresa Nacional dos Portos (ENAPOR) e da gestão portuária em Cabo Verde.

“A crise mundial com a guerra na Ucrânia e com a covid-19 recentrou Cabo Verde como um País que pode ser alternativa aos portos europeus – a Lisboa e às Canárias e à Dakar, na África”, precisou o ministro indicando que Cabo Verde oferece algo único, que tem a ver com a transparência, a baixa burocracia, a confiança e pouco tempo de espera no transbordo, no transhipment e no bunkering.

Abraão Vicente que integrou um painel, que envolveu vários oradores nacionais e estrangeiros, sublinhou ainda que Cabo Verde oferece segurança regulatória e a segurança jurídica e piscou os olhos ao sector privado nacional e internacional para se investir em Cabo Verde, nas mais diversas áreas, relacionadas com a economia azul e verde.

“Por exemplo de transportes, transhipment, de energias limpas, produzidas a partir do mar, das energias eólicas, e a partir da transformação e criação de hidrogénio, que seja hidrogénio verde, onde o uso de água seja diminuída e a nossa capacidade com margens de lucro seja também sustentável”, sustentou.

Falou ainda das pescas, do turismo, dos transportes marítimos, da aquacultura e investigação, sublinhando que este é um sector onde não se investe pouco, onde se não deve apresentar projetos “onde a cifra seja menos de seis”.
E como forma de atrair os investidores privados indicou que também o Estado tem estado a investir.

“A assinatura ontem, com o Banco Mundial, do acordo para o desenvolvimento da economia azul, é prova de que nós estamos cientes da nossa posição geoestratégica e da nossa capacidade. O que nós vendemos aqui não é Cabo Verde, é nossa posição geoestratégica, tanto para o investimento rústico, como para o investimento nos portos, como para investigação científica, como para aquacultura”, realçou.

Abraão Vicente realçou que Cabo Verde é um território raro, diminuto em terra, mas com grandes espaços marítimos e por isso muito valioso.

“Cabo Verde é um território onde se pode desenvolver para África, para Europa e para as América. Por isso, quem já tem os seus projetos aprovados deve avançar hoje porque com certeza o valor do investir em hoje será menor do que mais tarde”, alertou.

O Cabo Verde Investment Fórum, que está enquadrado na política de promoção do País, é um instrumento privilegiado de promoção de investimentos dentro das estratégias de diversificação da economia e uma forte aposta no sector privado.

O evento, que decorre desde quinta-feira e termina hoje, na cidade de Santa Maria, no Sal, tendo como lema “Cabo Verde aberto ao mundo”, reúne o Governo, o sector privado e instituições financeiras nacionais e internacionais.

Para além da assinatura de acordos e convenções de projetos estruturantes para Cabo Verde, do programa constam sessões temáticas com palestrantes de várias origens, reunião B&B, sessões plenárias, e uma agenda social a completar o evento.

O Governo espera a assinatura de acordos e convenções de estabelecimentos no montante de dois mil milhões de euros.

Inforpress

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