Ministro Elísio Freire defende que é preciso trabalhar a questão de género desde a adolescência

O ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social defendeu hoje que é preciso trabalhar a questão de género desde a geração vindoura, para incutir valores na promoção efectiva de igualdade e oportunidade dos direitos humanos.

Fernando Elísio Freire intervinha durante ato de abertura da primeira edição do Fórum Nacional de Género sob lema “Geração Igualdade”, no âmbito do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, e do arranque da campanha de 16 dias de activismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas das Nações Unidas, no município da Ribeira Grande de Santiago.

O ministro lembrou, a propósito, que já existem as leis da VBG, da paridade, e também a entrada da nova lei do emprego público para o aumento da licença de maternidade de 60 para 90 dias, bem como a licença de paternidade que vai ser implementada.

“A licença de paternidade é uma questão fundamental para que ambas as partes tenham uma efectiva assunção das responsabilidades, tanto da mãe como do pai. Como temos dito sempre, cuidar e amar o nosso filho vai além de registar e da pensão de alimentos, estar presente no dia-a-dia transmitindo valores é importante para que efectivamente podemos atingir a concretizar a igualdade do género na educação dos nossos filhos”, sublinhou.

Por sua vez, a presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho, referiu-se aos objectivo do fórum, um espaço de partilha de conhecimento e experiência, mas também de debate e reflexão, com o intuito de recolher subsídios para aprimorar cada vez mais acções das instituições que trabalham com questões de género.

Marisa Carvalho lembrou que em Cabo Verde, em 2018, segundo os dados do inquérito demográfico para a saúde sexual e reprodutiva, registaram situações que os alertaram para o controle abusivo que muitos parceiros ainda exercem sobre as suas parceiras e muitos deles constituem actos de violência originando consequências extremas.

Por seu turno, o chefe do Escritório Conjunto PNUD, UNFPA e UNICEF, Steven Ursino, frisou que para acabar com a violência baseada no género é preciso o envolvimento de todos e é necessária alguma vigilância.

Reiterou o apoio a Cabo Verde no seu percurso na luta pela igualdade de género e acabar com a discriminação das mulheres baseada nos preconceitos e normas sociais perversas para o estabelecimento da verdadeira igualdade do género.

O dia 25 de Novembro foi declarado Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres para abordar uma das violações de direitos humanos mais difundidas, persistentes e devastadoras da atualidade.

Inforpress/Fim

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