Ministro pede combate à covid-19 com “mesma tenacidade” que gerações anteriores debelaram outras pandemias

O ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, exortou hoje, no Mindelo, os cabo-verdianos a combateram a covid-19 com a “mesma tenacidade, firmeza, coragem e fé” que gerações anteriores enfrentaram outras epidemias, “num deserto de condições sanitárias”.

A pandemia, conforme a mesma fonte, trouxe “vários desafios” e “veio testar a capacidade de resposta do Sistema Nacional de Saúde e a nossa resiliência”, sublinhou a mesma fonte, que discursava na cerimónia de abertura, no Hospital Baptista de Sousa, no Mindelo, do encontro de reflexão alusivo ao Dia Internacional da Enfermagem, assinalado hoje.

 

“Apesar da enorme pressão sobre as estruturas, que tem aumentado nos últimos meses, da enorme sobrecarga dos profissionais de saúde, é um facto que temos sabido responder e bem aos desafios”, sustentou o ministro, para quem a luta contra a covid-19 “não é uma corrida de velocidade, mas sim uma maratona cuja meta ainda não está à vista”.


O combate à doença, ajuntou, exige “tenacidade, firmeza, coragem e fé”, que também guiaram várias gerações, que em “ambientes de desertos sanitários, sem meios, sem recursos humanos e materiais” conseguiram vencer epidemias que assolaram Cabo Verde, noutros tempos.


“Nós somos feitos da mesma fibra, herdamos e transmitimos os mesmos genes, que fazem deste povo, um povo herói e vencedor”, considerou Arlindo do Rosário, para quem também este “desafio” da pandemia trouxe oportunidades, que estão sendo “bem aproveitadas”.


O ministro enumerou a oportunidade de explorar o serviço nacional de saúde e de experimentar novos modelos, reorganizar a oferta de prestação de cuidados, alargar a visão do futuro e gerar novas políticas, que “abrem caminho para uma verdadeira mudança”.


“Continuaremos a trabalhar para estar cada vez mais próximo das pessoas, para servirmos melhor os cabo-verdianos e as cabo-verdianas lá onde estiverem e diminuir as assimetrias no acesso aos cuidados de saúde”, asseverou.


Segundo a mesma fonte, o Governo vai continuar a investir nos cuidados de proximidade, transferindo cuidados tradicionalmente executados por médicos para enfermeiros, aumentar a oferta nos cuidados primários nos centros de saúde e reduzir a demanda hospitalar.


Por outro lado, assegurou, vai-se prosseguir a reorganização dos hospitais, “revendo a oferta hospitalar, face a um maior desenvolvimento dos cuidados primários de saúde, e reforçando os cuidados de ambulatório”.


“Os hospitais regionais e centrais devem ser reforçados, com vista a sua capacidade de resposta, mormente nos cuidados intensivos e nas patologias que ainda são causa de transferência de doentes para o exterior”, considerou o ministro da Saúde, reafirmando, outrossim, a necessidade de se aumentar a partilha de informações entre os hospitais.


O Dia Internacional do Enfermeiro foi assinalado hoje com o encontro de reflexão, sob o lema “Enfermeiros: Uma voz para liderar”, que decorreu em simultâneo nos hospitais centrais, Hospital de Sousa, presencialmente, e Hospital Agostinho Neto, via plataforma Zoom.


O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente desde 1965, mas foi oficialmente estabelecida em 1974, a partir de decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros.


O dia 12 de Maio foi escolhido como homenagem ao nascimento da britânica Florence Nightingale, uma pioneira da enfermagem moderna, que nasceu em 12 de Maio de 1820, e que se tornou enfermeira e fundou a Escola de Enfermagem do Hospital St. Thomas, que recebeu o seu nome.

 

Inforpress/Fim

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest