
Domingo, 29 de Janeiro, 2023
O Movimento para a Democracia (MpD, poder) considerou hoje de “falsas e maldosas” as acusações feitas pelo PAICV, alegando que o Governo estaria a utilizar o Cadastro Social Único (CSU) para fins eleitorais.
A posição do MpD foi defendida pelo membro da Direcção Nacional do partido Lúcia Passos, explicando que o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) quer transformar um “instrumento eficiente” em “arma de arremesso”.
Na ocasião, disse que foi com “perplexidade” que o MpD tomou conhecimento do conteúdo da conferência de imprensa do PAICV, em que este partido demonstrou, mais uma vez, sua “falta de solidariedade para com a população”, em não aceitar “o sucesso das medidas sociais” em curso com “grande impacto” nas famílias.
Segundo a responsável, em 2018, “o tal ano que o PAICV alega que o programa estava engavetado”, foi finalizado o sistema informatizado, foi elaborado o Manual de Cadastro Social Único, e foram capacitados um total de 190 formandos.
Em 2019, prosseguiu, começou a atribuição do Rendimento Social de Inclusão, através dos dados do CSU, e, até Novembro de 2019, contava na base do programa um total de 40.045 agregados familiares registados e 158.857 indivíduos, e, até Agosto de 2021, um total de 76.795 agregados familiares, correspondendo a 296.002 membros.
“O processo de registo no CSU é operacionalizado pelos gabinetes sociais das câmaras municipais, através de equipas escolhidas directamente pelas autarquias”, declarou.
Neste sentido, frisou, para o PAICV até as oito câmaras municipais suportadas pelo partido, “demonstram uma grande incapacidade” na organização do programa, assim como seus autarcas se dedicam “a explorar a pobreza social” e afrontar a dignidade dos cabo-verdianos mais pobres.
“Esperamos que esta tomada de posição seja, apenas, um lapso de memória, pois só assim, se poderá entender o esquecimento selectivo do PAICV, que não deu conta das medidas concretas e eficientes criadas pelo Governo”.
Conforme Lúcia Passos, para mitigar os efeitos da pandemia, o Executivo criou o Rendimento Social de Inclusão emergencial com transferência mensal de cinco mil escudos, beneficiando 22.315 famílias pobres, o Rendimento Social Solidário com transferência de 10 mil escudos, beneficiando 20.186 trabalhadores do sector informal.
“Todos sabemos que Cabo Verde é ainda um País com elevados níveis de pobreza, e a crise da covid-19 agravou a situação, mas não é com populismo nem com o assistencialismo que se pode resolver a questão”, salientou.
Reiterou, ser com a retoma do crescimento económico e com inclusão social e territorial assertivas, usando o cadastro social como instrumento de selecção, para assim consolidar a politica social.
“O Governo continua focado na mobilização de recursos e implementação das boas medidas e politicas sociais, que concorram para o bem-estar das famílias cabo-verdianas”, sublinhou.
Inforpress
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