“Neste ano crucial para a humanidade, agora é tempo para uma acção climática ambiciosa” – ONU

“Neste ano crucial para a humanidade, agora é tempo para uma acção climática ambiciosa” – ONU

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considera que, neste ano crucial para a humanidade, agora é tempo para uma acção climática ambiciosa, defendendo a limitação do aquecimento global a 1,5 graus celsius.

Num comunicado enviado à Inforpress, relativo ao dia da Terra que se celebra anualmente a 22 de Abril, António Guterres, considerou que a ciência é “incontestavelmente” e “globalmente” aceite, pelo que para impedir que a crise climática se transforme numa catástrofe permanente, deve-se “limitar” o aquecimento global a 1,5 graus celsius.

Para fazer isto, o secretário-geral da ONU defendeu a importância de se chegar à emissão zero do gás carbono até a metade do século.


“Os países que representam dois terços da economia global já se comprometeram a isto. É encorajador, mas precisamos urgentemente que todos os países, cidades, empresas e instituições financeiras se juntem a esta coalizão e adoptem planos concretos para a transição da neutralidade de carbono”, sublinhou.


Conforme este responsável, é ainda mais urgente para os governos combinar esta ambição de longo prazo com acções concretas agora, enquanto trilhões de dólares são mobilizados para superar a pandemia da covid-19, pelo que ao seu ver, revitalizar economias é a “chance” de remodelar nosso futuro.


Os novos planos nacionais, afiançou, devem cortar a poluição do gás de efeito estufa em pelo menos 45 por cento (%) até 2030, em comparação aos níveis de 2010.


“Nos meses que temos pela frente, começando pela Cimeira de Líderes organizada pelos Estados Unidos, os governos precisam intensificar dramaticamente as suas ambições, em particular os grandes emissores, que provocaram a maior parte da crise”, frisou Guterres.


Segundo o mesmo, eliminar o carvão do sector energético é o primeiro passo “mais” importante para seguir em linha com o objectivo de 1,5 grau.


Até 2030, perspectiva, o uso de carvão na geração de energia precisa cair globalmente 80% abaixo dos níveis de 2010, o que significa que as economias desenvolvidas precisam se comprometer a eliminar o carvão até 2030 e os demais países precisam fazer isto até 2040.


Os países que contribuíram menos com as mudanças climáticas estão a sofrer os piores impactos, uma vez que muitas pequenas nações insulares simplesmente deixarão de existir se não acelerarmos a resposta.


Os países desenvolvidos precisam apresentar compromissos para disponibilizar e mobilizar 100 bilhões de dólares anualmente para duplicar os níveis actuais do financiamento climático, destinar metade de todo o financiamento climático para adaptação, parar o financiamento internacional do carvão e para mudar os subsídios dos combustíveis fósseis para a energia renovável.


“COP26 precisa sinalizar o fim do carvão”, disse, salientando que enquanto o mundo se move para a energia renovável e o ar puro, é essencial garantir uma transição justa.


“Pedirei que, até a COP26, todos os bancos de desenvolvimento nacionais e multilaterais adoptem políticas claras para financiar a recuperação da covid-19 e a transição para economias resilientes nos países em desenvolvimento, levando em consideração os níveis devastadores de dívidas e as imensas pressões nos orçamentos nacionais”, assegurou o secretário-geral da ONU.


Segundo o mesmo, o tempo está a “acabar” e há muito trabalho “duro” pela frente, e não é hora de levantar a bandeira branca, contudo, garantiu que as Nações Unidas continuarão a levantar a bandeira azul da “solidariedade” e da “esperança”.


Apelou, neste sentido, a todas as nações e a todas as pessoas a se levantarem juntas neste momento.

 

Inforpress/Fim

 

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