
Sábado, 2 de Dezembro, 2023
O Egito vai ajudar a retirar cerca de 7.000 estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade da Faixa de Gaza. Um novo grupo chegou esta quinta-feira à passagem terrestre de Rafah, a única não controlada por Israel.
Nos próximos dias, o Egito espera receber milhares de estrangeiros retidos na Faixa de Gaza, bem como civis palestinianos gravemente feridos pelos bombardeamentos israelitas.
Segundo meios de comunicação egípcios, quem chegar a Rafah, cumprirá os trâmites para entrar em território egípcio e depois será repatriado para os países das respetivas nacionalidades.
Trata-se de um processo complicado, no qual o Egito quer garantir que os palestinianos com dupla nacionalidade ou estrangeiros que entrem no seu território sejam repatriados dentro de um período de alguns dias.
O número exato de pessoas que serão autorizadas a entrar hoje em território egípcio é ainda desconhecido. Mas durante uma reunião com diplomatas estrangeiros, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ismail Khairat, disse que o Egito se prepara “para facilitar a retirada e receção de cidadãos estrangeiros de Gaza através do ponto de passagem de Rafah”, acrescentando que são “cerca de 7.000” e representavam “mais de 60 nacionalidades”.
Um porta-voz do grupo islâmico Hamas, que controla o enclave, disse que cerca de 60 feridos e 400 palestinianos com passaportes estrangeiros e cidadãos de outros países deverão deixar ainda hoje a Faixa de Gaza em direção ao Egito.
Na quarta-feira (01.11), foram já retirados de Gaza para o Egito, através da passagem de Rafah, 76 palestinianos feridos, transportados em ambulâncias, e 335 estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade, que seguiram de autocarro.
Desde dia 7 de outubro que a Faixa de Gaza tem sido bombardeada por Israel, em resposta a um ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.
O conflito entre Israel e o Hamas causou já milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios. A situação humanitária na região é descrita como catastrófica pela ONU e pelas organizações não-governamentais presentes.
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