
Sexta-feira, 8 de Dezembro, 2023
O presidente do conselho superior das Câmaras do Comércio e do Turismo, Marcos Rodrigues, disse hoje esperar que a baixa inflação prevista no Orçamento de Estado (OE) de 2024 não seja à custa da redução do consumo.
O Governo prevê que, em média, os preços vão aumentar 2,8% em 2024, um valor inferior aos 5,4% previstos para 2023 e prevê uma taxa de crescimento económico de 4,7% e estabilização da taxa de desemprego nos 8,2%.
Marcos Rodrigues ao intervir hoje durante a conferência sobre “Crescimento Económico, Empreendedorismo e Emprego no Orçamento de Estado (OE) para 2024”, disse que os números previstos são ambiciosos face ao contexto internacional e afirmou que empresários cabo-verdianos estão disponíveis para ajudar a materializar este Orçamento.
“Eu acredito que poderemos crescer muito mais. Eu sei que os Governos normalmente têm dados suficientes para poderem verificar as tendências e produzirem números de acordo com essas tendências, mas nossa ambição também conta e a nossa ambição também pode melhorar esses números. É aqui que reside a capacidade empresarial e o desafio que deve colocar aos empresários”, disse.
O presidente do conselho superior das Câmaras do Comércio do Turismo considera que Cabo Verde vive um momento excepcional, apesar de todas as situações que, a nível global, afectam e poderão afectar o país a médio e a longo prazo, frisando contudo que é das ineficiências de processos que há ganhos.
“Na transição da Era do Conhecimento para a Era Conceptual, em que já estamos a viver as oportunidades, hoje em dia, para os países que gozam de regimentos igual a Cabo Verde, democracia, estabilidade, paz, convida e apela aos investidores a chegarem a Cabo Verde, instalarem e investirem. Todavia, nós sabemos, conhecemos as dificuldades que o país tem pela sua situação arqueológica”, acrescentou.
Neste particular, o também presidente da Câmara de Comércio de Sotavento reiterou a necessidade de se resolver e melhorar substancialmente a questão dos transportes por forma a garantir a unicidade do território e criar mais mercado.
“Teremos que pensar em novos mercados, porque Cabo Verde goza hoje de um tecido empresarial experiente, conhecedor, informado e instruído. Isto dá-nos aso em que possamos pensar na internacionalização”, acrescentou.
Marcos Rodrigues vê a inflação “tendencialmente a cair como muito bom sinal”, mas disse esperar que não seja à custa da baixa do consumo.
“Ou seja, nós queremos que se venda muito mais e continuemos a crescer para que os empresários tenham mais mercado e que façam mais negócios. Se fizerem menos negócios é óbvio que a inflação poderá cair, mas nós queremos fazer mais negócios e controlarmos os preços para evitar escalada de subida da inflação”, augurou.
Marcos Rodrigues congratulou-se ainda com a redução do défice público e da dívida pública, salientando que é uma questão muito importante para os empresários.
“Dá algumas garantias aos investidores e dá também alguma sustentabilidade ao país”, realçou.
Inforpress
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