
Segunda-feira, 4 de Dezembro, 2023
A uma semana do arranque da XXVI edição, a feira está com lotação esgotada.
O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento e do Conselho administrativo da FIC, Marcos Rodrigues, pediu na tarde desta terça-feira, 07, a intervenção do Estado na criação de condições, mais precisamente em termos de equipamentos, para a realização de uma Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) com mais dignidade.
“As dinâmicas das feiras têm sido sempre em crescente desde a primeira hora e nós temos provado que é necessário cada vez mais uma intervenção do Estado na criação de condições objetivas para que possamos cada vez mais fazer esse evento com bastante dignidade”, disse Marcos Rodrigues durante uma conferência de imprensa realizada hoje na cidade da Praia.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio de Sotavento, o espaço onde a feira é realizada na capital do país “é um hangar que não tem condições suficientes neste momento para o alto desempenho que Cabo Verde quer e que o país inspira.”
Marcos Rodrigues afirmou ainda que o problema é do conhecimento do governo e que o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva já fez várias comunicações que irá resolver esta questão da criação de um equipamento digno para Cabo Verde para que seja possível ter grandes feiras, uma vez que, há interesse internacional com cada vez mais empresas internacionais a querer expor no país.
“Nesta edição de 2023, em pouco tempo, esgotamos o espaço. O que quer dizer que se nós tivéssemos espaço teríamos mais presenças e mais empresas a expor na FIC. É importante se Cabo Verde quer abraçar a economia global que se prepare para isto. Como se sabe os equipamentos que têm a ver com as feiras são sempre da responsabilidade pública do Estado, em toda a parte do mundo é assim, e depois as associações empresariais são encarregues da exploração dos mesmos espaços. E nós estamos à espera de podermos ter um espaço com a dignidade que Cabo Verde se apresenta hoje ao mundo”, reforçou.
Mais de uma centena de expositores na FIC 2023
O lema da XXVI edição do evento, que arranca a 15 de novembro na cidade da Praia, é “Transformando dificuldades em desafios” e segundo a administradora da Feira Internacional de Cabo Verde, Angélica Fortes, a FIC “tem sido uma arma do empresariado cabo-verdiano.”
Este ano, a feira vai contar com 210 stands e 110 expositores de Cabo Verde, Portugal, França, Brasil e Estados Unidos da América. “Neste momento já ultrapassamos o layout que tínhamos projetado porque tivemos que abrir mais espaço, principalmente espaço exterior para receber mais empresas que queriam estar neste evento. (…)73% de inscritos são de empresas cabo-verdianas, 22% de empresas portuguesas e os restantes são do Brasil, França e Estados Unidos da América.”
Questionada sobre a ausência de empresas de outros países africanos, Angélica Fortes diz que se trata de uma questão de estratégia e que preferem estar em outras feiras direcionadas ao setor de atividade.
Por sua vez, Marcos Rodrigues disse que estão a tomar precauções para poder se aproximar das empresas africanas, uma vez que não se trata de um problema do continente africano e não exclusivo de Cabo Verde. “O problema não é só de Cabo Verde, mas das empresas no espaço da CEDEAO e do próprio espaço da CPLP que têm algumas dificuldades em poderem interagir nos processos que têm a ver com o desenvolvimento económico e empresarial nos países. (…) As indústrias e as empresas africanas ainda não têm o hábito de expor em grandes feiras os seus produtos e as suas atividades empresariais.”
Segundo Angélica Fortes, o balanço destas 26 edições é extremamente positivo pelo histórico que têm vivenciado ao longo destes anos. “Se procurarmos resultados é extremamente positivo porque há muitas empresas sediadas e criadas em Cabo Verde graças às feiras.”
Artigo atualizado no dia 13 de novembro
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