
Sexta-feira, 9 de Junho, 2023
Os parceiros externos de desenvolvimento de Cabo Verde declararam-se hoje “satisfeitos” com a gestão dos recursos disponibilizados ao país para respostas à crise provocada pela pandemia de covid-19, no montante que ultrapassa os 120 milhões de euros.
Em declarações à imprensa no final de um encontro realizado hoje pelo Governo com os parceiros para balanço da implementação das medidas de covid-19, a representante do Banco Mundial em Cabo Verde, Eneida Fernandes, em nome dos parceiros, disse que Cabo Verde usou “com eficiência e eficácia” os recursos disponibilizados para respostas às crises.
“Foi realmente uma boa oportunidade para conhecermos os impactos de perto e essa avaliação do sucesso da implementação das atividades ligadas ao covid. Pelo que foi relatado e a agente já tinha trabalhado com o Governo, acho que os recursos foram muito bem utilizados. Foram utilizados de uma forma rápida e de uma forma muito eficaz e eficiente para se responder ao que realmente se necessitava”, disse.
Em termos de impactos Eneida Fernandes destacou o nível de vacinação que se atingiu no país e a reabertura da economia, com particular incidência para o sector do turismo, que muito foi afetado pela crise.
“Em termos de crescimento de economia vê-se que realmente os recursos foram colocados onde deveriam ter sido e do nosso lado estamos muito satisfeitos. Pelos menos em nome do Banco do Mundial estamos satisfeitos com a utilização dos recursos”, acrescentou.
Só o Banco Mundial disponibilizou em torno de 50 milhões de euros, dos quais 20 milhões que foram realçados para a resposta social e resposta ao sector privado e 30 milhões para a implementação da campanha de vacinação e outras atividades ligadas as respostas sanitárias de covid-19.
Do encontro de hoje ficou o compromisso de os parceiros continuarem a apoiar Cabo Verde não só em momentos de crise como foram na resposta à covid-19 e na resposta aos perigos da insegurança alimentar na sequência da guerra na Ucrânia.
“A gente tem de trabalhar nesse sentido para apoiar outros projetos nomeadamente a transformação energética, a diversificação da economia do país, e trabalhar juntos com esse censo de urgência para a eliminação da pobreza extrema”, disse a responsável do Banco Mundial em Cabo Verde.
“Acho que os parceiros estão prontos para fazer isso e o Banco Mundial nos programas que já temos previsto e que estão ligados realmente ao PEDS II está disposto a continuar a trabalhar com o Governo nessa área e com urgência necessária para o desenvolvimento do país”, declarou.
Para o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, essa avaliação positiva dos parceiros de desenvolvimento orgulha o país e todos os cabo-verdianos e incentiva o Governo a continuar a trabalhar para ser “cada vez mais transparente”.
Trata-se, segundo o governante de uma avaliação que foi feita com base em fatos, com evidências, com provas, com relatório, com inspeções e que engrandece toda a nação cabo-verdiana.
“É um grande orgulho quando os parceiros que nos apoiam chegam à conclusão com base no relatório feito por uma autoridade externa, que é o Tribunal de Contas, em como nós estamos a utilizar bem os recursos em Cabo Verde, em como Cabo Verde é país transparente, em como Cabo Verde é um país bem governado”, disse.
Olavo Correia salientou que a ambição do executivo é de ainda ir mais longe e trabalhar para melhorar ainda mais o quadro institucional para melhorar a transparência da governação.
Ao todo são mais de 120 milhões de euros disponibilizados pelos diversos parceiros de desenvolvimento, sendo que a grande parte tem que ver com a dívida pública.
O vice-primeiro-ministro lembrou que na altura quando eclodiu a pandemia da covid-19, assim como fizerem praticamente todos os países do mundo Cabo Verde teve que recorrer à dívida pública concecional de longo prazo para intervir rapidamente e poder salvar vidas, empresas e evitar o país de um colapso sanitário, económico e social.
“Nós protegemos mais de 14 mil empregos com as medidas que nós tomamos. Conseguimos intervir em mais de duas mil empresas, injetamos mais de quatro milhões de garantia, mas de seis milhões de contos de investimentos e cerca de nove milhões de contos de financiamento global ao abrigo do ecossistema”, precisou Olavo Correia.
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