Governante diz que 2023 vai ser de consolidação da programação nacional do sector da Cultura

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, concretizou hoje, na Praia, que 2023 vai ser um ano de consolidação da programação a nível nacional, constando na agenda a reconstrução da Sé Catedral da Cidade Velha.

Abraão Vicente, que concluiu hoje, na Cesária Évora Academia de Artes (CEAA), um conjunto de encontros com as instituições do Ministério da Cultura, no intuito de reavaliar e dar as diretrizes às mesmas, avançou à imprensa que da agenda para este ano consiste também o lançamento do primeiro edital Bolsa de Cultura Internacional, Diáspora, para Portugal, Estados Unidos da América e países baixos, num primeiro momento.

Quanto à programação do Instituto do Património Cultural (IPC), o mesmo destacou a remodelação de, praticamente, todo o parque museológico de Cabo Verde que conta com o financiamento do Governo de Cabo Verde, através do Banco Mundial.

“Com o IPC começamos a esboçar aquilo que poderá ser o futuro Museu Nacional das Artes aqui na cidade da Praia, o museu da música na cidade do Mindelo”, assinalou.

Este ano, Abraão Vicente precisou, igualmente, que o ministério irá lançar um concurso de ideias para reconstrução da Sé Catedral da Cidade Velha, com alto patrocínio do Presidente da República, que, conforme precisou, a pretensão é elaborar um projecto “ambicioso” que vai honrar a história e o percurso da Cidade Velha.

“Uma Sé que ainda é consagrada pela Igreja Católica e quando falamos de reconstrução é sempre no estrito respeito pelas leis da Unesco onde não se pode construir mais de 25% daquilo que são ruínas classificadas como Património da Humanidade”, avistou o ministro.

Em relação ao Arquivo Nacional, adiantou que o desafio passa por consolidar os projectos arquivísticos para digitalização, contendo, neste momento, alguns projectos de tratamento daquilo que são os chamados “fundos arquivísticos” das instituições administrativas do Estado.

Na Academia Cesária Évora existe, conforme sublinhou, o desafio da sua institucionalização e formalização como instituição e o seu alargamento, bem como criação de novas parcerias e criação de uma dinâmica que pode também contrabalançar com o Programa Bolsa de Acesso à Cultura que, frisou, já vai num orçamento de 27 mil contos quando a academia nem se quer chega aos 10 mil contos anual.

“Portanto, estamos aqui a fazer uma programação para que haja não só a programação pública, mas também haja a consolidação das instituições a nível interno, basicamente este será um ano de consolidar programação nacional”, vincou Abraão Vicente.

“Estamos num ano pré-eleitoral, 2024 vai ser um ano de eleições e este ano é normal que haja alguma pressão sobre as instituições públicas no sentido de ajustarem os seus programas às câmaras municipais, mas passei a direcção de haver foco”, disse, ressalvando que a indicação é que todas as ilhas do arquipélago sejam beneficiárias das atividades das instituições.

Inforpress

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