
Domingo, 29 de Janeiro, 2023
Marcelino N’Tube, advogado de defesa de 18 detidos acusados de envolvimento na eventual tentativa de golpe de Estado a 1 de Fevereiro, foi sequestrado na sua residência e está hospitalizado com ferimentos juntamente com a esposa.
O Presidente da Guiné-Bissau veio a público condenar o sequestro do advogado de defesa de 18 acusados da alegada tentativa de golpe de Estado do passado dia 1 de Fevereiro.
Marcelino N’Tupe foi alvo de sequestro e ataque na noite desta terça-feira, 29, na sua residência nos arredores de Bissau, por um grupo de homens armados e encapuzados.
“O Presidente condena veemente o acto bárbaro de violência contra o advogado e comentador político da Rádio Bombolom FM, Marcelino Ntupé”, escreve Umaro Sissoco Embaló na sua página oficial no Facebook.
O Presidente acrescentou “os sucessivos casos de violência que têm ocorrido, constituem uma ameaça à paz social no nosso país” e instou “a Polícia Judiciária e o Ministério Público a investigar, com maior brevidade possível, o ocorrido.
Sobre o caso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos promete reagir amanhã, 30, depois de ter visitado esta noite o advogado no hospital militar em Bissau.
O sequestro
Marcelino N’tubé “foi retirado da sua casa à força por um grupo de homens armados, levado numa viatura e visto depois abandonado na rua com ferimentos graves”, relatam fontes familiares, segundo as quais a sua esposa, grávida de alguns meses, foi igualmente agredida pelos atacantes.
O advogado e a esposa encontram-se hospitalizados, neste momento, sob cuidados médicos.
No passado dia 4, Marcelino Nt’Tumé acusou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de manter os presos nas celas, não obstante a ordem judicial, de acordo com o qual, “os seus constituintes deveriam ser postos em liberdade”.
“Alguns dos presos já haviam recebido a ordem de libertação por parte da justiça, mas a mesma não se efectivou, porque assim decidiu o Presidente do Presidente da República”, acusou o advogado Marcelino N’Tupé, que representa 18 dos detidos no caso 1 de fevereiro em que um grupo de homens armados atacou o palácio do Governo aquando decorria a reunião do Conselho de Ministros.
O Presidente, através do seu porta-voz, Óscar Barbosa, refutou as acusações e disse que o Chefe de Estado não intervém na justiça.
O julgamento deste caso está marcado para começar a 6 de Dezembro.
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