
Domingo, 3 de Dezembro, 2023
Luís Teixeira defendeu estas ideias, em entrevista à Inforpress, à margem da cerimónia de encerramento do Projeto “Reforço da Ancoragem Regional do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial de Cabo Verde – CERMI” (CVE/881), realizada esta terça-feira, na cidade da Praia.
Segundo este responsável, o referido projecto, que teve a duração de três anos e o objectivo principal de contribuir para o reforço da integração regional do sector energético, teve ganhos e resultados concretos para o CERMI e os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
“O projecto, cuja implementação foi da responsabilidade da Agência Luxemburguesa para Cooperação e Desenvolvimento (LuxDev) entre 2017-2021, foi financiado no montante de dois milhões de euros. A primeira grande actividade era acompanhar o CERMI no seu processo de transformação num centro de referência, e a segunda grande actividade era a implementação de um pacote de formação diversa em energias renováveis e eficiência energética”, especificou.
As acções de formação dos formadores, prosseguiu, contribuíram para o reforço das capacidades dos formadores em várias instituições em todos os países da CEDEAO e consequentemente para a melhoria do desempenho dos centros de formação, acrescentando que foram realizadas oito acções de formação técnica em francês e inglês.
Avançou que durante o processo de implementação do projecto foram capacitados mais de 140 técnicos dos 15 países da CEDEAO, salientando, no entanto, que a pandemia da covid-19 obrigou que fosse feita uma adaptação por forma a se garantir a realização de acções de formação à distância.
O presidente do CERMI destacou ainda os ganhos alcançados no que se refere ao reforço da internacionalização do centro, que, apontou, passou a ter mais visibilidade, reputação técnica e prestígio junto dos PALOP, mas também dos países da CEDEAO.
“O projecto de internacionalização do CERMI não para por aqui é preciso consolidar todo o trabalho feito até agora, por isso, esperamos ter brevemente a segunda fase do projecto. A integração regional tem que ser no seu todo, por isso estamos a trabalhar no sentido de trazermos outras instituições da CEDEAO para o CERMI”, revelou.
Luís Teixeira indicou, por outro lado, a questão dos transportes e língua como alguns dos “grandes constrangimentos” registados durante a execução do projecto, lembrando que a garantia da transformação do CERMI, enquanto centro regional de referência, passa pelo domínio de línguas estrangeiras e a integração de formadores de instituições de outros países no referido centro.
O projecto enquadra-se no âmbito de um Programa Regional mais vasto, denominado “Melhoria da Governança do Sector Energético na África Ocidental (AGoSE-AO)”, que envolve todos os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Mauritânia.
O Programa AGoSE-AO, financiado pelo 11º Fundo Europeu para o Desenvolvimento (FED), tem como objectivo principal, contribuir para o reforço da integração regional do sector energético.
Inforpress/Fim
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