
Sexta-feira, 8 de Dezembro, 2023
Sismos com magnitude entre 4,0 e 4,5 na escala de Richter, na segunda-feira, na ilha Brava, em Cabo Verde, provocaram prejuízos em habitações, um ferido e levaram famílias a optar por dormir na rua, segundo informações recolhidas hoje pela Lusa.
Desta vez “a Brava tremeu mais forte”, disse António Lopes Marcelino, dirigente da proteção civil municipal.
Segundo aquele responsável, houve prejuízos em quatro casas, uma delas provocando um ferido, quando o residente fraturou o braço depois da queda de parte do telhado.
“A população está com medo”, acrescentou.
O cenário é relatado também pelos residentes.
“A primeira vez [que a terra tremeu] foi por volta de 18:15 [19:15 em Lisboa], não foi tão forte como as seguintes. Por volta das 20:00 a 21:00 horas [21:00 a 22:00 em Lisboa] foi mais duro”, apontou Anderson Batista.
“Tremeu umas nove vezes, por aí, e as pessoas saíram das casas. Na nossa, as vitrinas que tinham loiças começaram a cair”, descreveu.
“Ainda hoje de manhã, tremeu duas vezes, mas foi mais tranquilo”, contou.
Aquele residente disse que, de acordo com os relatos, telhados de outras casas caíram e paredes de algumas que eram mais antigas começaram a apresentar fissuras.
“A minha avó, as minhas tias, o meu primo”, uma criança de quatro anos, “dormiram na rua”, por receio, depois de uma parte do telhado da casa ter caído, acrescentou.
“Como a situação já se normalizou, agora, estamos dentro de casa, mas se continuar assim, devemos procurar uma mais moderna”, acrescentou.
Segundo relatou, na zona onde habita, toda a vizinhança ficou nas ruas até altas horas da madrugada.
Para este morador, apesar de estarem acostumados a alguns sismos, “esta é a primeira vez que ocorreu tão forte”.
Por sua vez, um outro morador, Adilson Pereira disse que desde criança está acostumado a sismos na ilha, mas que o que aconteceu desta vez foi “muito forte”.
A ilha da Brava registou em janeiro deste ano, um “ligeiro aumento” da atividade sísmica, disse na altura o geofísico Bruno Faria, que admitiu a continuação da atividade, mas sem motivos para alarme.
Cerca de 5.500 pessoas vivem na ilha, situada a sul do arquipélago.
Lusa
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