
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
Os tambores e navios tradicionais confecionados pelo artesão porto-novense Noé Cruz já ostenta o selo de origem, que distingue o artesanato, produtos transformados e serviços genuínos da ilha de Santo Antão.
Noé Cruz, natural da Ribeira das Patas, residente da cidade do Porto Novo, possui um ateliê de construção de tambores e navios de São João, contribuindo para manter “a tradição das festas juninas em Santo Antão”.
Os tambores de São João produzidos pelo artesão Noé Cruz já são “muito conhecidos” em Cabo Verde, designadamente nas ilhas de Santo Antão, São Vicente, Sal e Boa Vista e têm sido exportados para os Estados Unidos e Luxemburgo.
“Sim, os meus tambores são muito conhecidos. Tenho recebido pedidos de várias ilhas, como São Vicente, Sal e Boa Vista, além de Santo Antão, mas já são também muito conhecidos nos Estados Unidos e no Luxemburgo”, explicou à Inforpress este artesão.
Noé Cruz, 57 anos, começou a fabricar tambores em 2013 e, em quase uma década desta atividade, terá fabricado já perto de 400 tambores, embora tenha perdido as contas em relação à quantidade deste instrumento típico das festas de romaria que já construiu.
Porto Novo é conhecido por dispor de exímios construtores de tambores de São João, destacando-se ainda o artesão Sebastião Monteiro que, em quase 40 anos desta profissão, terá já confecionado mais de um milhar de tambores.
O selo de origem aos produtos e serviços genuínos desta ilha é atribuído no âmbito da Rede de Promoção do Turismo Sustentável e Inclusivo de Santo Antão e já distingue mais de 60 produtos e serviços locais.
Conforme a direção da Rede de Promoção do Turismo Sustentável e Inclusivo de Santo Antão, que está a ser implementado desde 2017, este selo tem sido atribuído a instalações turísticas, restaurantes, produtos agro-alimentares e ao artesanato.
O selo de origem visa “contribuir para a valorização dos produtos e serviços genuínos” desta ilha.
O projeto Raízes continua a receber candidaturas, sendo que um dos próximos produtos a ostentar este selo deverá ser o queijo produzido no Planalto Norte do Porto Novo, com chancela de património mundial do gosto, atribuído pela Fundação Slow Food (Itália).
Inforpress
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