
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
O Presidente de São Tomé e Príncipe enalteceu ontem, dia 15, no Mindelo, a “excelência” do percurso feito por Cabo Verde na área do mar, experiência que deseja aproveitar para o seu país em parcerias e cooperação.
É que, segundo Carlos Vila Nova, que falava no Centro Oceanográfico do Mindelo, no final da sua visita de quatro dias a Cabo Verde, o que viu, sobretudo no domínio do mar, “não pode ser transladado e nem repetido em São Tomé e Príncipe”, até porque, sintetizou, é um percurso que leva tempo e que exige recursos, o que “não temos neste momento”.
“O que levo é um sentimento de olhar para o mar, mas olhando para Cabo Verde e para São Vicente, em particular, e tirar partido dessa vantagem”, aclarou, lembrando que o seu país tem uma necessidade “gritante” de “olhar mais para o mar”, não fosse a dimensão do espaço marítimo de São Tomé e Príncipe “160 vezes superior” ao respectivo espaço terrestre.
Ao fazer o balanço da visita, Carlos Vila Nova considerou que foram dias “bem passados” e uma visita “bem conseguida de todos os pontos de vista”, ou seja, “elevamos ainda mais” esta relação a “uma excelência que não tem paralelo”.
“Levo daqui um sentimento de dever cumprido, o sentimento de não querer ir já, pois a excelência do percurso que Cabo Verde tem feito a vários níveis será uma experiência a ser partilhada e aproveitada por São Tomé e Príncipe, em áreas muito comuns, um valor-acrescentado que vamos aproveitar”, sintetizou Carlos Vila Nova.
Por seu lado, o Presidente da República, José Maria Neves, considerou que a visita permitiu “abrir novas avenidas” para que São Tomé e Príncipe e Cabo Verde posam crescer em termos de cooperação e também criando “mais oportunidades” para o desenvolvimento dos dois países.
“O que falta para colocar o ponto é a ligação área e marítima entre os dois países, e se conseguirmos remover esse constrangimento as relações serão muito mais intensas e fortes”, considerou Neves, lembrando que se trata de um trabalho que os dois governos estão a fazer.
“Mas é preciso convocar o sector privado para também participar neste processo, não é fácil, mas somos resilientes e o nosso grande desafio é superar os nossos próprios limites, então é continuar a trabalhar nessa linha para termos efctivamente ligações áreas e marítimas entre os dois arquipélagos”, precisou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Para José Maria Neves esses quatros dias de visita do seu homólogo de São Tomé e Príncipe foram ainda uma oportunidade de partilha de um conjunto de experiências que poderão ser “muito positivas” para o reforço das relações de amizade e de cooperação entre os dois países.
Até porque, lembrou, os dois governos também estiveram pressentes através dos ministros dos Negócios Estrangeiros pelo que, finalizou, “há possibilidades, foram criados novos caminhos e abertas novas possibilidades de reforço das relações” entre os dois países.
Na tarde de ontem, dia 15, os dois chefes de Estados visitaram o Centro Nacional de Artesado (CNAD), a Universidade Técnica do Atlântico (UTA), a fábrica Frescomar e o Centro Oceanográfico do Mindelo.
Na quinta-feira, 15, ainda em São Vicente, José Maria Neves e Carlos Vila Nova terão um encontro restrito no Palácio do Povo, que antecede as honras militares e os cumprimentos de despedida, já que Presidente de São Tomé deixa Cabo Verde ao início da tarde, rumo a Portugal.
Inforpress
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