Presidenciais’2021: Gilson Alves promete hospital para Porto Novo, caso vença as eleições

O candidato às eleições presidenciais, Gilson Alves, que tem como lema “Poder absoluto” e um regime presidencialista, assegurou hoje que vai “fazer de tudo” para que Porto Novo tenha o seu hospital, há muito aguardado. 

Jogando no seu território, o candidato levou a sua marcha de apoiantes ao seu local de nascença e infância, Bairro de Chã de Itália e também a outras zonas da cidade do Porto Novo, no seu terceiro dia de campanha em Santo Antão.

Em contacto com vários conhecidos e familiares abordou temas como o hospital do concelho que era suposto ser construído “desde os anos 90”.

“Toda a gente do Porto Novo sabe o que aconteceu nos anos 90, já havia financiamento para aquele hospital mas foram líderes políticos que decidiram que não era preciso e até hoje as pessoas queixam-se disso”, sentenciou, admitindo que a questão se tornou uma “mácula” e uma “faca espetada nas costas” dos porto-novenses.

Gilson Alves lembrou que “foi o actual candidato suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD) que estava no poder naquela altura e os representantes no concelho, que roubaram o projecto”.

“Pessoalmente, sofri consequências porque a minha mãe morreu por falta de cuidados aqui neste lugar devido a problemas cardíacos. Foi para esse tal centro de saúde, não havia condições e ela morreu”, contou o candidato, para quem é “raro” encontrar uma família no Porto Novo que não perdeu um ente querido devido a isso.

Por isso, sublinhou, é “inaceitável” que, num “lugar grande e cheio de jovens” como Porto Novo, não haja hospital para cuidados secundários, exames e serviços de urgência ou emergência “adequados”.

“Prometi que se tiver dinheiro, vou construir do meu bolso e não hesitaria um segundo”, afiançou, afirmando, por outro lado, ser dever do Governo fazer esse hospital “gritado e suplicado” pelos porto-novenses.

Caso vença, Gilson Alves promete sentar-se com o primeiro-ministro para “fazer justiça a Porto Novo”, porque, está-se a gastar dinheiro em “coisas sem nexo” e “milhares de contos” em campanha e na carreira dos dois candidatos, ligados ao MpD e ao Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

“Não acredito que haja outra solução que não seja um Presidente autoritário, porque é um Presidente não é respaldado por partidos”, reiterou.

Gilson Alves volta à São Vicente esta segunda-feira para acções em zonas como Bela Vista, Ribeira Bote e Fonte Francês.

Nas presidenciais do dia 17 de Outubro, nos dois círculos eleitorais, nacional e estrangeiro, concorrem sete candidatos: Fernando Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca na primeira volta para um segundo mandato, com 74% dos votos.

 

Inforpress

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest