Presidente da República pede ao Governo que reconsidere a decisão de retirar subsídio à ACOLP

O Presidente da República, José Maria Neves, pediu hoje ao Governo que reconsidere a decisão de retirar subsídio à Associação Cabo-verdiana dos Combatentes da Liberdade da Praia (ACOLP), organização que considera importante para o resgate da história do país.

José Maria Neves falava aos jornalistas, no final da cerimónia deposição de coroa de flores no memorial Amílcar Cabral, sito no largo da Várzea, na Cidade da Praia, ritual que acontece todos os anos no dia 20 de Janeiro, data em que se assinala mais um aniversário da sua morte e Dia dos Heróis Nacionais.

Ao ser abordado sobre o assunto, o chefe de Estado disse que é uma decisão que tem a ver com a política do Governo, mas defendeu a necessidade de se ter “uma forte sensibilidade” em relação a determinadas instituições que são importantes para a história do país.

“Então acho que é preciso uma boa apreensão da importância dessas organizações e também haver sensibilidade para apoiar o trabalho que essas associações desenvolvem a nível do país”, disse.

“É uma decisão do Governo, que precisa considerar melhor o papel e o contributo dessas organizações para termos determinados aspectos relacionados com valores com princípios, com a cultura de Cabo Verde que devem ser considerados”, acrescentou.

A denúncia da retirada do subsídio de 80 mil escudos a ACOLP foi feita esta quarta-feira, pela presidente da Federação das Mulheres do PAICV, Paula Moeda, após uma visita à sede da Associação para se inteirar do seu funcionamento, desafios e perspetivas, no âmbito das comemorações do 20 de Janeiro, Dia dos Heróis Nacionais.

A presidente da Federação das Mulheres do Partido Africano da Independência de Cabo Verde revelou que o montante foi cortado sem nenhum aviso prévio, há um ano, sem comunicado oficial nem sequer uma justificação.

Revelou que meses depois, após a insistência da ACOLP, foram comunicados que o subsídio foi simplesmente suspenso, e que a associação dos combatentes devia concorrer para os contratos-programa, juntamente com as outras associações existentes no país.

A Associação conta com cerca de 230 combatentes da pátria, sendo que 50 são mulheres e alguns estão com problemas de habitação e vivem com dificuldades, conforme adiantou a mesma fonte.

Inforpress

 

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest