
Terça-feira, 21 de Março, 2023
A Associação Projecto Vitó, em parceria com delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e Associação de Desenvolvimento Comunitário de Montado Nacional, iniciou a produção de 15 mil plantas endémicas de 12 espécies diferentes.
O director executivo do Projecto Vitó, Herculano Dinis, referiu que a iniciativa se enquadra no projecto de conservação das plantas endémicas, denominado “É o momento para a conservação das plantas endémicas ameaçadas de Cabo Verde”, com carácter nacional, financiado pela fundação Suíça Audemars Piguet.
A produção das 15 mil plantas endémicas, em princípio, será dividida entre as ilhas do Fogo e Brava, estando o Projecto Vitó a analisar a possibilidade de capacitar uma equipa de Biflores para a produção na Brava, com assistência técnica do projeto, e, na ilha do Fogo, através do contrato assinado com a Associação de Desenvolvimento Comunitário Montado Nacional, em Cabeça Fundão.
“Estamos neste momento no processo de enchimento de vasos e sementeira, o viveiro está completamente montado e estamos com uma forte campanha de educação ambiental na ilha do Fogo e a partir da próxima semana teremos uma articulação com Biflores da Brava para capacitar a equipa desta associação para ajudar a melhorar os trabalhos naquela ilha”, referiu Herculano Dinis.
Além de produção de plantas, o Projecto Vitó tem neste momento quatro campanhas ativas de monitorização e conservação de aves marinhas cobrindo as ilhas de Santo Antão, São Nicolau e Fogo e os Ilhéus Rombos, tornando assim na “maior organização em Cabo Verde” a fazer trabalhos de seguimento de aves marinhas.
Na ilha de Santo Antão, a campanha está a decorrer de “forma excelente” e a associação conseguiu colocá-la no mesmo nível da ilha do Fogo, tendo contratado três técnicos, sendo dois locais e um que foi da ilha do Fogo para apoiar a monitorização, com “um excelente apoio” da delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, em Santo Antão.
Na ilha de São Nicolau está a decorrer outra campanha com a mesma dimensão, explicou, Herculano Dinis, graças ao apoio da delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente e da equipa do Parque Natural de Monte Gordo
No Fogo, a equipa do Projecto Vitó, em articulação com a delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente, cuja comunicação com o actual delegado é “excelente”, conforme a fonte, está a desenvolver a campanha de Gongon e com “excelentes resultados”.
Herculano Dinis lamentou o facto de o projecto não poder implementar campanha com a mesma dimensão na ilha de Santiago, porque, explicou, nesta nova fase o projecto tem limitação de recursos financeiros, sendo que o fundo disponibilizado pela Fundação Birdlife é inferior a 50 por cento (%) dos fundos disponibilizados nos últimos seis anos.
A mesma fonte indicou que há um esforço da Associação Projecto Vitó para mobilizar mais fundos para tentar manter o trabalho na ilha de Santiago, sendo que, neste momento, apenas realiza visitas a cada dois meses para fazer o seguimento das colónias conhecidas.
Nos Ilhéus Rombos, avançou, a ideia é continuar o trabalho ano inteiro na Reserva Integral de Ilhéus Rombos e continuar a fazer a monitorização de aves marinhas, mas, dentro de três meses, começarão os trabalhos da temporada de Cagarra na ilha Brava e monitorização de tartarugas marinhas nos Ilhéus e na ilha do Fogo.
No final da semana, a Associação Projecto Vitó recebeu uma equipa da Alemanha, no quadro de um projeto que esteve parado há cerca de três anos e que está a ser retomado com a vinda de investigadores das universidades de Frankfurt e Goethe (Alemanha) para dar continuidade à colaboração.
Esta semana, dois técnicos da Associação estarão na ilha de Santiago para participar no workshop inicial de início da terceira fase de projeto de aves marinhas e no comité de pilotagem de projeto de pesca sustentável.
Inforpress
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