Representante do setor privado espera que subida de juros não fragilize empresas nacionais que enfrentam dificuldades

Marcos Rodrigues disse hoje, numa conferência imprensa realizada na cidade da Praia, que as Câmaras de Comércio e do Turismo estão atentas a toda a situação económica nacional e à questão dos bancos nacionais e que estão à procura de bancos noutros países que possam ajudar as empresas cabo-verdianas.

O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento, Marcos Rodrigues, disse hoje, 07, esperar que o aumento de 1 para 1,25% das taxas de juro anunciadas pelo governador do BCV não fragilize mais as empresas nacionais que enfrentam bastante dificuldades para honrar os seus compromissos.

“O Banco Central de Cabo Verde (BCV) tem tido bastante cuidado na gestão do aumento das taxas de juro e estou certo de que já deve ter já analisado profundamente a questão económica nacional e que devido à conjuntura internacional deve fazer aqui alguns acertos, mas que esses acertos não sejam penosos para as empresas que já sofrem bastante dificuldades. A nossa economia é uma economia incipiente, uma economia ainda muito familiar onde não temos grandes capacidades de assumirmos o preço elevado do dinheiro”, disse Marcos Rodrigues durante uma conferência de imprensa realizada hoje na capital do país.

De acordo com o presidente da Câmara de Comércio de Sotavento, esta poderá ser uma das vantagens da competitividade nacional, mas espera que o Banco Central de Cabo Verde e todo o ecossistema económico nacional possam estar atentos para não fragilizar ainda mais o tecido empresarial cabo-verdiano.

Marcos Rodrigues afirmou ainda que as Câmaras de Comércio e do Turismo estão atentos a toda a situação económica nacional e à questão dos bancos nacionais. “Iremos no próximo ano desencadear várias reuniões internacionais à procura de bancos noutros países que possam ajudar as nossas empresas com dinheiro a um melhor preço.”

No que tange ao Orçamento de Estado para 2024, que prevê que a economia do país cresce 4,7%, o presidente da Câmara de Comércio e Turismo disse que os valores apresentados pelo governo são valores que “encorajam a dinâmica económica, mas é no terreno que vamos perceber a perfeição e a estruturação desses valores.”

“O mundo está numa mudança enorme e há oportunidades gritantes para Cabo Verde desenvolver. (…) Temos uma economia muito aquém do seu potencial e que podemos desenvolver muito mais. O tecido empresarial nacional pode fazer mais tendo condições para tal. E uma das questões que para nós é uma questão muito importante é a internacionalização das empresas e a procura de novos mercados. Para fazer isto também é preciso que o financiamento funcione e que haja dinheiro disponível a bom preço”, finalizou.

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