
Sábado, 23 de Setembro, 2023
A delegada de Educação da Ribeira Grande de Santiago denunciou hoje a existência de “casos identificados” ligados à violência sexual contra menores em São Martinho, Salineiro e Porto Mosquito, e rivalidades entre alguns grupos juvenis no concelho.
Ernestina Rocha manifestou esta preocupação à Inforpress, na sequência da reunião com as forças vivas do concelho, que decorre na Cidade Velha, onde está-se a debater a problemática da camada juvenil, visando soluções para a rivalidade entre grupos de jovens.
O encontro envolve instituições como a Câmara Municipal, Esquadra da Polícia, IPC, Igrejas, Centro de Saúde da Cidade Velha, e lideranças locais, que discutem a adolescência e a juventude ribeira-grandense, com o fito de identificar os principais problemas que os afligem, assim como traçar acções prioritárias, de forma a manter a paz e a segurança, à bem da Ribeira Grande de Santiago.
“Este encontro surgiu na sequência de alguns fenómenos sociais que vêm surgindo por todo o lado, aos quais a Ribeira Grande de Santiago não é excepção. Temos a questão da violência sexual de menores e a questão de rivalidade entre alguns grupos, que tem sido as nossas grandes preocupações”, explicou Ernestina Rocha.
Para a responsável de Educação no concelho, a delegação não poderia ficar indiferente a estes fenómenos, visto que trabalha, sobretudo, com jovens e crianças e adolescentes, tendo igualmente manifestado a sua apreensão pelo facto destas rivalidades terem já ultrapassado os muros do próprio Liceu.
“Estamos aqui juntos reunidos, como forma de fazer um “djunta mon” (juntar as mãos), para virmos a trabalharmos na prevenção. Queremos traçar algumas acções prioritárias que depois serão transformadas num programa conjunto, para que cada uma das partes, possa implementar o resultado deste encontro”, especificou, convicta que resultados permitam recolher subsídios para “tornar o concelho cada vez mais seguro”.
No que refere concretamente ao ensino, garantiu que Ribeira Grande de Santiago praticamente está tranquilo e que todas as escolas funcionam na normalidade desde o pré-escolar ao secundário e que tudo aponta para que o resultado, já no final do ano lectivo, seja bastante positivo, já que as médias do primeiro e segundo trimestres rondam os 95 por cento (%).
Ernestina Rocha mostrou-se, igualmente satisfeita quanto à redução da taxa de abandono escolar, pois alega que não ultrapassa 1,5%, num concelho disperso que vai de São Martinho a Pico Leão.
Inforpress
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