Sal: Declarações da PCA quanto ao PCCS dos trabalhadores do INMG não passa de uma fuga em frente, dizem sindicatos

Os sindicatos representantes dos trabalhadores do INMG, consideram as declarações da PCA face à suspensão da greve dos profissionais do instituto, uma “fuga em frente”, num processo que se arrasta desde a legislatura anterior.

 

Em uso do direito de resposta, face à comunicação da presidente do conselho de administração do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica (INMG), Maria da Cruz Soares, sobre a suspensão da greve dos trabalhadores desse instituto, o Sindicato dos Transportes, Comunicações e Administração Pública (SINTCAP) do Sal, e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), acusam também o Governo de uma “jogada psicológica para justificar o injustificável”.

Os trabalhadores do INMG tinham marcado para os dias 12 e 13, passado, uma greve de 48 horas, exigindo a validação e publicação da lista definitiva de transição do pessoal, em cumprimento daquilo que está plasmado no B.O que publicou o novo PCCS daquele Instituto, em 11 de Janeiro passado.

Entretanto, de acordo com uma nota de imprensa, em reacção às declarações da PCA do INMG, estes sindicatos consideram que está-se perante “duas situações gravíssimas, sem precedentes” uma vez que se trata da violação de princípios, de acordos firmados em sede de justiça laboral”.

“Ou seja, violação e desrespeito por parte de dirigentes do Governo perante os trabalhadores e os seus representantes sindicais. Mais uma vez, o Governo faltou à sua palavra aos trabalhadores do INMG”, refere o documento.  

Acusados de aproveitamento político, face à realização da greve em alturas de eleições, os sindicatos defendem, clarificando que este processo é do domínio público, arrastando-se há muito tempo, tendo resultado em oito greves, sete requisições civis, vários processos disciplinares e judiciais à espera de serem julgados.

“Ameaças e tentativas de mordaça de vária ordem e, só esta última greve era para tirar proveito político. Desonestos!”, observa o documento, segundo o qual a greve foi suspensa, em “plena confiança” dos sindicatos perante a palavra da Secretária de Estado.

“Até prometeu levar, ela mesma, a lista definitiva para ser publicada. Mas, esta não cumpriu com a sua palavra. O governo faltou à sua palavra, defraudou mais uma vez as expectativas dos trabalhadores do INMG. Numa manobra baixa e repudiante, mentiu aos trabalhadores e aos seus representantes sindicais”, reprovou.

“Tudo para impedir que esses pudessem usar os seus direitos à greve”, sustenta a nota, salientando, por outro lado, que a presidente do conselho de administração do INMG foi posta de lado neste processo, pelo próprio Governo, pela sua “incompetência e incapacidade”.

“Atrapalhada, vem justificar na comunicação social o seu fracasso, lendo um texto que lhe foi escrito, de forma mais bizarra jamais vista num dirigente com tamanha responsabilidade”, acusam os sindicatos, prometendo uma posição firme e decisiva até conseguir fazer salvaguardar os interesses e direitos laborais dos trabalhadores do INMG.
Inforpress
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