
Quinta-feira, 7 de Dezembro, 2023
Em uso do direito de resposta, face à comunicação da presidente do conselho de administração do Instituto Nacional da Meteorologia e Geofísica (INMG), Maria da Cruz Soares, sobre a suspensão da greve dos trabalhadores desse instituto, o Sindicato dos Transportes, Comunicações e Administração Pública (SINTCAP) do Sal, e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), acusam também o Governo de uma “jogada psicológica para justificar o injustificável”.
Os trabalhadores do INMG tinham marcado para os dias 12 e 13, passado, uma greve de 48 horas, exigindo a validação e publicação da lista definitiva de transição do pessoal, em cumprimento daquilo que está plasmado no B.O que publicou o novo PCCS daquele Instituto, em 11 de Janeiro passado.
Entretanto, de acordo com uma nota de imprensa, em reacção às declarações da PCA do INMG, estes sindicatos consideram que está-se perante “duas situações gravíssimas, sem precedentes” uma vez que se trata da violação de princípios, de acordos firmados em sede de justiça laboral”.
“Ou seja, violação e desrespeito por parte de dirigentes do Governo perante os trabalhadores e os seus representantes sindicais. Mais uma vez, o Governo faltou à sua palavra aos trabalhadores do INMG”, refere o documento.
Acusados de aproveitamento político, face à realização da greve em alturas de eleições, os sindicatos defendem, clarificando que este processo é do domínio público, arrastando-se há muito tempo, tendo resultado em oito greves, sete requisições civis, vários processos disciplinares e judiciais à espera de serem julgados.
“Ameaças e tentativas de mordaça de vária ordem e, só esta última greve era para tirar proveito político. Desonestos!”, observa o documento, segundo o qual a greve foi suspensa, em “plena confiança” dos sindicatos perante a palavra da Secretária de Estado.
“Até prometeu levar, ela mesma, a lista definitiva para ser publicada. Mas, esta não cumpriu com a sua palavra. O governo faltou à sua palavra, defraudou mais uma vez as expectativas dos trabalhadores do INMG. Numa manobra baixa e repudiante, mentiu aos trabalhadores e aos seus representantes sindicais”, reprovou.
“Tudo para impedir que esses pudessem usar os seus direitos à greve”, sustenta a nota, salientando, por outro lado, que a presidente do conselho de administração do INMG foi posta de lado neste processo, pelo próprio Governo, pela sua “incompetência e incapacidade”.
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