Sal: PN intensifica acções de fiscalização e sensibilização

A Polícia Nacional, no Sal, intensificou as acções de fiscalização com foco no cumprimento de horários dos estabelecimentos e sensibilização das pessoas sobre a importância de utilização de máscaras, após regresso do País à situação de calamidade.


Face ao aumento do número de casos diários de covid-19, nas diferentes ilhas, Cabo Verde, com excepção da ilha Brava, voltou à situação de calamidade desde sexta-feira, 30, anunciado pelo Governo, através do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

Com isso, a Polícia Nacional (PN) intensificou a sua acção no terreno, mas, segundo o comandante Orlando Évora, em declarações à Inforpress, a polícia “nunca parou” de fazer o seu trabalho de fiscalização e sensibilização, desde o  despoletar da pandemia no País.

“Continuamos a nossa tarefa de fiscalização de estabelecimentos, principalmente actividades nocturnas, aglomerações de pessoas nas diferentes localidades da ilha, bem como um trabalho no sentido de evitar o consumo de álcool na via pública”, explicou, observando que de volta ao estado de calamidade, é continuar a tarefa juntamente com as outras autoridades, nomeadamente a Protecção Civil, IGAE, IGT e a câmara municipal.

Aproximando-se a época quente, balnear, propícia a piq-nic, Orlando Évora disse que a fiscalização tem sido extensiva às praias por forma a impedir “aglomerações desnecessárias”, para evitar o aumento da propagação do vírus da covid-19, admitindo, porém, que as pessoas têm cumprido com as directivas.

“Vimos intensificando a nossa fiscalização por forma a população sentir a presença da polícia, com maior eficácia, sensibilizando as pessoas no sentido de ganharem consciência sobre a importância de se proteger uns aos outros, que passa nada mais nada menos pelo uso de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações”, concretizou.

Face à resistência de algumas pessoas na utilização de máscaras na via pública, o comandante vai avisando que a polícia vai endurecer as acções, aplicando coimas aos infractores reincidentes, principalmente.

“Só aplicação de coimas, fiscalização das autoridades sanitárias não chega… O momento é delicado. É preciso as pessoas ganharem consciência do contexto que se está a viver no País e lá fora”, ponderou, apelando mais uma vez à população a cumprir com as medidas sanitárias de prevenção e combate à covid-19.

Todo o território nacional, com exceção da ilha Brava, encontra-se em situação de calamidade, durante 30 dias, com avaliações quinzenais ou semanais da situação, justificada pelo crescimento dos casos da covid-19 e as suas consequências como situações mais graves que podem levar à morte.

O estado de calamidade implica medidas mais restritivas ao nível do horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, restaurantes e bares, mas também a nível de actividades de natureza cultural ou política com lotação máxima que não pode ultrapassar 150 pessoas.

Festas são proibidas quer públicas quer privadas, permitidos somente convívios intrafamiliares (em casa entre famílias), devendo ser aplicadas sanções àqueles que não obedecerem o isolamento.

Cabo Verde contava até segunda-feira com 3.058 casos activos, sendo o município da Praia o mais afectado com um total de 1.447 infecções, seguido das ilhas do Sal com 385 e de São Vicente com 323.



Inforpress/Fim

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