Santo Antão: “Ilha está sem capacidade para reter os seus quadros superiores”, diz cabeça de lista do PAICV

Santo Antão encontra-se sem capacidade para reter os seus quadros superiores, o que está a condicionar o processo de desenvolvimento da ilha, alertou, quarta-feira, 17, a cabeça de lista do PAICV pelo círculo eleitoral.

Rosa Rocha, que falava no acto de apresentação das listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) por Santo Antão para as eleições legislativas de 18 de Abril, avançou que a ilha está a perder a sua população e não tem tido a capacidade para reter os seus quadros superiores.

Dos 18 mil quadros superiores de que o País dispõe, 11,8 por cento (%) “nasceram” em Santo Antão, mas apenas 2,8% residem na ilha, precisou Rosa Rocha, para quem a ilha “nunca precisou tanto do PAICV e de um novo governo” capazes de assumir os desafios que a região enfrenta.

 

A cabeça de lista do PAICV por Santo Antão acusou o Governo de não ter conseguido cumprir “os compromissos assumidos” para com a ilha, designadamente o aeroporto, a expansão do porto e o centro de saúde da Ribeira das Patas.

 

“Em vez de construção, como foi prometido, o Governo tem estado, nos últimos dias, a apresentar estudos”, sublinhou a candidata, que disse acreditar que “Santo Antão vai dar cartão vermelho ao Governo e ao MpD [partido que o suporta] “.

 

Esta ilha, avançou, precisa de “um governo com capacidade de execução, capaz de assumir, com conhecimento de causa” os desafios que Santo Antão enfrenta.

 

O acto de apresentação dos candidatos foi presidido pela presidente do partido, Janira Hopffer Almada, para quem “Cabo Verde precisa marcar um novo futuro, traçar um novo rumo, um novo compromisso e uma nova agenda, que coloque os cabo-verdianos no centro das decisões”.

 

“Precisamos do novo rumo, do novo futuro e do novo compromisso o mais rapidamente possível. Cabo Verde não aguenta mais cinco anos de desgovernação”, notou a presidente do PAICV, considerando que “Cabo Verde não está bem”.

 

Para Janira Hopffer Almada, o País foi gerido, nos últimos cinco anos, numa “governação à vista, ao sabor do vento, com medidas avulsas e numa espécie de política de retalho”.

 

Inforpress/Fim

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