
Domingo, 29 de Janeiro, 2023
O PAICV-São Vicente voltou hoje a acusar o presidente da câmara de ser o “principal entrave” ao desenvolvimento da ilha, que “não respeita deliberações superiores”, numa alusão ao relatório produzido aquando da averiguação realizada na autarquia.
Segundo o presidente da Comissão Política Regional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Adilson Jesus, continua a “teimosia” do presidente da câmara de São Vicente, Augusto Neves, “em não querer resolver” o problema do bloqueio na governabilidade da câmara. “Situação por nós denunciada variadíssimas vezes e já condenada pelo Governo no relatório produzido aquando da averiguação, referente às ilegalidades praticadas pelo presidente Augusto Neves e pelos vereadores do MpD, em especial as deliberações da reunião do dia 02 de Janeiro declaradas ilegais”, concretizou a mesma fonte.
No relatório, lembrou Adilson Jesus, o Governo estabeleceu um prazo de dez dias ao presidente da autárquica sanvicentina para este e os vereadores do MpD “reporem a legalidade” na autarquia”.
“Contudo, passados mais de 30 dias, a situação permanece a mesma, num claro desrespeito aos munícipes, aos eleitos municipais, ao Governo e às leis”, acusou o presidente da Comissão Política Regional do PAICV-São Vicente.
Para o responsável local do PAICV, o presidente da câmara, “o maior responsável pela situação de ingovernabilidade” do município, “parece desejar” que a situação se mantenha na mesma e que haja eleições intercalares, “sem se preocupar com os gastos desnecessários de dinheiros públicos num momento difícil para as famílias, para a ilha e para o País”.
“Continuamos a estranhar que tanto o MpD em São Vicente, como o MpD a nível nacional estejam ainda surdos e mudos perante esta situação, pois nem sempre o silêncio é de ouro”, sintetizou a mesma fonte, que se diz “aberto ao diálogo” e reafirma que Augusto Neves “pode sempre contar com o concurso do PAICV” para “ajudar a resolver” os problemas de São Vicente.
Num outro ponto da sua comunicação, em conferência de imprensa, Adilson Jesus culpou a autarquia por “má gestão” na resolução dos “graves problemas”, sempre que chove, de que o município e a cidade padecem, ao longo dos anos, da ausência de um plano diretor municipal e de “intervenções desacertadas ou mesmo falhadas” no que respeita a construção e expansão urbana.
Inforpress
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