
Quinta-feira, 7 de Dezembro, 2023
O coordenador da Plataforma Sindical Unir e Resgatar UNTC-CS considerou hoje, no Mindelo, ser um “desrespeito” à população e aos trabalhadores cabo-verdianos o aumento dado ao governador e administradores do Banco de Cabo Verde (BCV).
Eliseu Tavares em reacção à imprensa admitiu ter sido com “grande surpresa” que teve conhecimento do aumento salarial de 17 e 18,4%.
“Para nós, é acima de tudo desrespeitoso para a população cabo-verdiana, uma falta de respeito para os trabalhadores cabo-verdianos, porque todos nós somos trabalhadores”, considerou, remetendo ao Orçamento do Estado, que só deu 3% de aumento para as classes que ganham até 33 mil escudos e os que ganham até 69 mil escudos, aumentou-se somente cerca de mil escudos.
Daí, questionou, “como é possível que o Governo apadrinhe um aumento dessa natureza”.
Eliseu Tavares disse que a conclusão que se pode tirar é de haver no País “trabalhadores sobrevalorizados”.
“Perguntamos que tipo de trabalhadores são os do BCV para serem diferenciados dos restantes”, lançou o sindicalista, admitindo “estranheza e insatisfação” perante a notícia.
Agora, conforme a mesma fonte, os sindicatos esperam que o Governo “tenha a coragem” e em 2024 coloque no Orçamento do Estado um “aumento significativo” para repor o poder de compra perdido só neste ano, contabilizado “em cerca de 8%”.
O assunto já suscitou a reacção de várias entidades como a secretária-geral da UNTC-CS, Joaquina Almeida, dos partidos políticos, que criticaram tal decisão, inclusive a Comissão Concelhia dos Movimento para a Democracia (MpD-poder) na Praia, que considerou ser “uma afronta para os cabo-verdianos”.
Entretanto, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que se encontra fora do País, também reagiu e considerou como “normal” a “adequação feita” por não fazer sentido directores e assessores ganharem mais do que os gestores da instituição
Inforpress
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