Associação Colmeia quer país a criar condições de protecção social às pessoas em condição de deficiência

A Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais (Colmeia) apontou hoje a necessidade de se criar condições de protecção social para aumentar a capacidade de respostas às pessoas em condição de deficiência.

Esta posição foi manifestada pela presidente da Colmeia, Isabel Moniz, à margem das actividades realizadas na sede da instituição, na Cidade da Praia, alusivas ao Dia Internacional de Síndrome de Down, que se assinala anualmente a 21 de Março.

Segundo esta responsável, este dia é assinalado com um conjunto de actividades junto das crianças e jovens, no entanto o propósito maior destas actividades é sensibilizar as famílias e sobretudo os poderes públicos para o trabalho de políticas públicas.

“Entendemos que devemos trabalhar para ter um serviço de intervenção precoce em Cabo Verde, trabalhar a questão de reabilitação e habilitação com uma protecção social”, ajuntou a mesma fonte, para que, prosseguiu, quem esteja na condição de deficiência beneficie da protecção social e o emprego protegido.

Porque, sintetizou, esses jovens quando recebem formação profissional e tiverem as condições precisam estar no mercado de trabalho igualmente que as outras jovens.

Isabel Moniz apontou, igualmente, que há um “grande problema” ainda no País no acesso aos serviços do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) em relação a respostas de fono-audiologia.

A mesma afiançou que uma pessoa acometida por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) precisa de respostas multidisciplinares de igual modo que uma criança que nasce com síndrome de down ou com espectro de perturbação de autismo, daí que, precisou, a protecção social deve dar essas respostas a um cidadão.

Referindo-se a acessibilidade, Isabel Moniz indicou ainda que se trata também de um problema em que Cabo Verde precisa trabalhar, não só na mobilidade física, mas também na comunicação e eliminação de barreiras.

A nível da educação, a presidente da Colmeia mencionou, igualmente, a existência de “grandes lacunas”, nomeadamente turmas numerosas, quando há uma lei que diz que quando uma turma tem crianças com deficiência ela deve ter apenas 25 alunos na sala de aula.

Avançou ainda que há necessidade de se ter no País professores de apoio nas salas de aula para ajudar o professor a trabalhar com outras crianças “ditas normais” e com crianças com deficiência, tendo destacado outro “grave problema” que é as mães que frequentam por vezes sala de aula com as crianças.

A área da saúde, protecção social, educação devem ser trabalhadas de forma interligada para que haja resposta a nível da transversalidade e que chegue a todos os níveis, posicionou Isabel Moniz.

Inforpress

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