Campanha Maio Furta-Cor arranca em Boa Vista e será descentralizada para outras localidades

O centro da cidade foi o local escolhido para a feira de saúde mental materna e feira das mães empreendedoras, atividades que marcam o início da campanha Maio Furta-Cor que vai decorrer durante o corrente mês em toda ilha.

Na praça atrás da Alfândega, em Sal Rei, a representante e organizadora da campanha Maio Furta Cor na ilha da Boa Vista, Vanda Oliveira, psicóloga de profissão, manteve uma conversa aberta com mulheres sobre a saúde mental materna, atividade que será descentralizada para outras localidades da ilha.

Da mesma forma serão abordados outros temas como parentalidade ativa e cuidados mútuos, relacionado com a rede de apoio que as mulheres têm e devem ter.

“A campanha que tem como meta sensibilizar as pessoas sobre a importância da saúde materna com o cuidado que as mulheres devem ter durante o período de gravidez, mas também no pós-parto”, afirmou Vanda Oliveira.

Conforme a mesma, a saúde mental já é um tema estigmatizada e quando é tratada dentro da saúde materna segue a mesma linha de estigmatização, e isso faz com que mulheres começam a entrar em sofrimento durante o período de gravidez e no pós-parto.

Muitas vezes, conforma e mesma fonte, não é notada, ou seja, alertou, quando isso acontece torna-se mais difícil ajudar as mulheres que se encontram nessa fase da vida.

Sobre os temas a serem abordados na programação Maio Furta-Cor, segundo contou Vanda Oliveira, vai-se falar também sobre amamentação e rede de apoio na saúde mental com as temáticas da amamentação, parentalidade ativa, importância da saúde mental e do cuidado com a mulher no período específico da vida que é maternidade, em que ela está mais propensa e vulnerável a entrar em sofrimento psíquico.

Mas, segundo a psicóloga, na Delegacia de Saúde da Boa Vista há atendimento do pré-natal físico e do pré-natal psicológico num dia específico da semana, serviço que com “boa adesão” das mães que são convidadas.

“As pessoas podem no início demonstrar alguma reticência quando são convidadas, mas quando vão para primeira consulta com o primeiro atendimento acabam por aderir ao pré-natal psicológico”, disse, referindo-se a este cuidado de prevenção em que quando, no acto de avaliação se diagnostica que a mulher precisa de uma avaliação mais de perto, ela é acompanhada por enfermeiro e psicóloga.

“Peço a toda a família e a comunidade para se envolverem nessas atividades porque saúde mental materna não tem a ver somente com a saúde mental da mãe, tem haver com a saúde mental da família e com a saúde mental da comunidade”, apelou Vanda Oliveira, que acrescentou que quando mais informações se têm, melhor se consegue acolher quem está do lado e de forma global ter uma saúde mental melhor para todos.

Inforpress