
Quarta-feira, 29 de Março, 2023
Vários funcionários do Hospital Regional João Morais (HRJM) estão revoltados por estarem com quase quatro meses de atraso no pagamento dos serviços de vela (horas extras), situação que, segundo estes, está a tornar um ciclo “vicioso”.
Os funcionários que procuraram a Inforpress para denunciarem a situação fizeram-na em anonimato por medo de “possíveis represálias”.
No entanto, conforme os mesmos, trata-se de uma situação recorrente que os tem prejudicado muito até para honrarem os seus compromissos assumidos com terceiros.
Estes argumentaram que estão cansados de ouvir a mesma “desculpa” e o pedido para “aguardarem”.
“Já é o momento de termos uma resposta sobre esta questão. Estas “velas” deveriam ser depositadas com o nosso salário porque fazemos as contas com este montante” enfatizaram.
Por isso, exigem que o valor total dos quase quatro meses de atraso seja depositados “o quanto antes” nas suas contas.
“Se hora extra não é obrigatório, então nós também não somos obrigados a prestar serviço de velas, porque fazemos a nossa parte, eles do Ministério da Saúde nada fazem para nos pagar o que nos devem a tempo e hora”, garantiram.
Os funcionários do HRJM alegam que estão “tristes”, “stressados” e “abalados” psicologicamente devido a esta situação e afiançaram que não são “respeitados” e já tentaram por várias vias pôr cobro à situação, mas são “sempre ignorados”.
“Queremos ser valorizados em vida porque quando um funcionário morre fazem tantas coisas para o homenagear, então porque não o valorizam dando-lhe o que ele merece e tem trabalhado a tempo e hora? Para que serve uma linda homenagem se a pessoa morta já nem vai conseguir apreciar, e nem sentir o afeto?”, questionaram.
Contactado pela Inforpress, o diretor do HRJM Nilton Sousa, frisou que a situação das velas em atraso está “em vias de ser resolvida”.
Nilton Sousa explicou que, das informações que tem, houve um erro no tratamento dos dados administrativos mas estes já foram devidamente identificados e no final deste mês a situação será “normalizada” garantiu.
Entretanto, o dirigente relembrou a situação que o País tem passado nos últimos anos, tem culminado no atraso do pagamento das velas.
Segundo Nilton Sousa trata-se de um número “restrito” de funcionários que estão com as velas em atraso e garantiu que “nunca” deixaram de as receber, mesmo com atraso.
Inforpress
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