
Segunda-feira, 4 de Dezembro, 2023
O geofísico do INMG Bruno Faria afirmou esta terça-feira, 31, que o sismo de magnitude 4,8 na escala de Richter, registado na Brava, foi o mais forte dos últimos 15 anos no País, mas não há motivos para pânico.
Segundo o especialista, que falava em conferência de imprensa, no Mindelo, a crise sísmica começou por volta das 18:20 e intensificou-se com eventos sísmicos de magnitude relativamente elevada, tendo culminado por volta das 21: 00 com um sismo talvez mais forte registado em Cabo Verde nos últimos 15 anos.
Os sismos registados na ilha Brava foram sentidos também no Fogo e registados em todas as estações sísmicas do país, mas segundo o geofísico neste momento não há motivo nenhum para o pânico, porque a crise sísmica está a desvanecer.
“Neste momento não há motivo nenhum para o pânico. E observa-se que a atividade está a desvanecer e, portanto, não há motivo para pânico, para grandes preocupações. As preocupações, neste momento, são para nós que vamos fazer as observações e comunicar com as autoridades. A população deve manter-se informada e fazer atenção às instruções das autoridades”, afirmou.
Conforme a mesma fonte, a maior parte dos eventos sísmicos estão localizados a 1,5 quilómetros da Praia da Guada, incidentemente nessa zona, e os epicentros estão localizados no mar a uma profundidade focal de cerca de 4,5 quilómetros de profundidade.
“Os epicentros estão bastante profundos, o que é uma boa notícia porque quer dizer que a causa fulcral da ocorrência destes eventos é profunda. Isto é uma boa notícia apesar de ter havido estragos materiais na Brava, há informações que no Fundo da Ribeira da Garça uma casa desabou e tive conhecimento de que em Nova Sintra há casas que criaram fissuras, o telhado partiu-se, tendo em conta que foi um sismo de magnitude muito elevada”, avançou.
Segundo Bruno Faria “claramente que a origem destes sismos são processos vulcânicos, mas o que ainda não está claro e que vai merecer alguma atenção humana a esses dados é estabelecer qual é que é a hipótese mais viável para a explicação desses eventos”.
Bruno Faria também garantiu que desde o início da crise estabeleceu-se uma rede de troca de informações entre o INGM e diversas autoridades, das quais o ministro da Agricultura e Ambiente, o presidente da Protecção Civil, os presidentes das câmaras municipais da Brava e de Santa Catarina, do Fogo, e o Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento (JRCC) que vão continuar a trabalhar, manter a observação e as autoridades devidamente informadas
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