
Quarta-feira, 31 de Maio, 2023
Matisia Oliveira, 36 anos, diz que desafiou o medo e a rejeição da família para ser bombeira e desde 2019 faz parte do corpo de bombeiros voluntários da Ribeira Grande.
Ser bombeira era um sonho acalentado por esta jovem, mas, conforme relatou à Inforpress, contra ela pesava o medo devido aos riscos da profissão e a rejeição da família que acreditava que o trabalho de bombeira não era “adequado” para ela.
Em 2019, conforme contou a mesma fonte, soube que recrutaram bombeiro voluntários na Ribeira Grande, Santo Antão e logo se inscreveu.
Quando foi fazer a inspeção médica, Matisia Oliveira deparou-se com uma sala cheia de homens e o primeiro pensamento foi “desistir”.
“Perguntei se não havia mais mulheres e responderam que não. Logo comecei a me autossabotar por achar que não teria competência no meio de tantos homens e nisso um deles encorajou-me e não desisti”.
A mesma fonte disse que fez a inspeção ficou apta, depois fez a formação de bombeiro voluntario, estagiou. Hoje faz parte do corpo dos bombeiros voluntários ativos no concelho.
Matisia Oliveira frisou que a “ambição” é progredir na carreira, ou seja, sair da terceira classe e mudar de patente.
“O caminho faz-se caminhando, sei que até chegar onde almejo terei muitos desafios a alcançar, mas isso não me amedronta, só me dá mais garra para lutar”, enfatizou.
A corporação dos bombeiros voluntários da Ribeira Grande, segundo a mesma fonte, tem três bombeiras formadas, mas só Matisia Oliveira está ativa.
Conforme a mesma fonte, muitas pessoas a criticam e dizem que se fossem elas “não fariam” nenhum trabalho de “graça”.
“Faço porque gosto e não vou desistir e cada vez aprendo mais. Gosto de socorrer pessoas”, sublinhou.
Inforpress
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